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Tecnologia

- Publicada em 23 de Março de 2017 às 22:38

Companhias brasileiras dão os primeiros passos com Watson

IBM apresentou, em Las Vegas, soluções que revolucionam o mercado

IBM apresentou, em Las Vegas, soluções que revolucionam o mercado


IBM/DIVULGAÇÃO/JC
Antecipar as intenções dos consumidores e, a partir disso, personalizar interações, aumentar a colaboração e gerar alertas para as novas oportunidades de negócios que surgem a partir destes insights são algumas das perspectivas que a computação cognitiva traz para as empresas.
Antecipar as intenções dos consumidores e, a partir disso, personalizar interações, aumentar a colaboração e gerar alertas para as novas oportunidades de negócios que surgem a partir destes insights são algumas das perspectivas que a computação cognitiva traz para as empresas.
Berço do nascimento do Watson, os Estados Unidos lideram os projetos nessa área. Na Europa, as empresas também estão avançando. No Brasil, apesar do frisson que a possibilidade do uso do supercomputador da IBM em aplicações de negócios provoca, a fase ainda é embrionária.
"Há uma tremenda curiosidade. Temos demandas de todas as indústrias e de todos os tamanhos para entender como de fato pode se dar a aplicabilidade na inteligência artificial para empresa e a sociedade", afirma o diretor de IBM Watson Customer Engagement Brasil, Claudio Santos. Ele está em Las Vegas (EUA), onde participa do IBM Amplify 2017, que acontece nessa semana e reúne cerca de 3,5 mil pessoas para debater o uso da computação cognitiva nos negócios.
Um dos clientes da multinacional dessa solução no País é o Bradesco, que usou a computação cognitiva para desenvolver um chatbot, ferramenta adotada para treinar os colaboradores nos processos internos após a aquisição do HSBC. Natura e Cielo também estão usando o Watson, embora ainda não detalhem muito a aplicação.
No Rio Grande do Sul, o Banrisul e a IBM estão desenvolvendo um projeto de uso da computação cognitiva e machine learning voltado para a área financeira e serviços bancários.
"Estamos criando um caminho para que o uso de APIs (instruções e padrões de programação para acesso a um aplicativo ou software) da plataforma Watson, por meio do Bluemix, possa viabilizar projetos de inovação tecnológica", conta o diretor de tecnologia do banco gaúcho, Jorge Krug. Uma das ideias é criar uma loja de APIs do Banrisul para que clientes e parceiros possam consumir serviços e produtos bancários.
A IBM também tem se aproximado de startups para incentivar o uso dessas soluções, como é o caso da gaúcha Mecasei.com, plataforma tecnológica que leva uma experiência pessoal e humana para auxiliar os noivos a planejar o casamento. A startup gaúcha usou a capacidade cognitiva do Watson para criar a Meeka, um robô que ajuda no relacionamento com os clientes.
"Hoje, vamos indo passo a passo, mas daqui alguns anos, quando olharmos o que está acontecendo agora em uma espécie de zoom, veremos que foi uma verdadeira explosão de oportunidades que chegaram com a computação cognitiva", prevê o executivo de Watson Customer Engagement para a América Latina, Mauricio Sucasas.

Transformação digital dos últimos anos é desafio para as corporações

O caminho para as corporações agora é identificar como o seu negócio pode tirar melhor proveito disso para vender mais, ter maior fidelidade dos clientes ou reduzir os estoques. Mas isso não é tarefa fácil, já que a chegada avassaladora da computação cognitiva acontece em meio a uma grande transformação digital pela qual as empresas vem passando nos últimos anos.
Há um novo ciclo de inovação em curso nas empresas e, quer elas queiram, quer não, os consumidores estão no centro e, portanto, no comando de tudo. "Junta essa nova realidade com a capacidade de se alavancar os negócios por meio da inteligência artificial, e isso gera uma enorme angústia das indústrias, que precisam se reinventar", analisa o diretor de IBM Watson Customer Engagement Brasil, Claudio Santos.
O executivo admite que, nesse início, ainda existem algumas dúvidas por parte das corporações de como aplicar o Watson no seu dia a dia. Ele destaca que a forma que a IBM escolheu para apoiar os seus clientes nessa jornada deve facilitar esse processo. "Tudo está sendo disponibilizado em uma plataforma global na nuvem, que aprende a cada dia e vai gerando mais serviços", diz.
Players de todos os portes podem escolher como avançar: se desenvolvendo um projeto específico e customizado com a IBM ou por meio das aplicações que a multinacional está liberando.
"Temos algumas ofertas prontas e queremos ir proativamente nos clientes oferecê-las, mas em paralelo têm empresas começando a baixar serviços e fazer pilotos por si só", diz, citando o Banco do Brasil como um case dessa segunda opção. A IBM criou uma biblioteca de APIs cognitivas desenvolvidas com o Watson.
A multinacional não é a única a apostar na inteligência artificial. Outras companhias já começam também a lançar alguns produtos que usam a computação cognitiva nos Estados Unidos, como ferramentas que captam a rotina dos moradores em suas casas, aprendem com isso e, depois, passam a sugerir situações, como ligar o ar-condicionado na temperatura que a pessoa mais gosta e deixar a televisão no seu canal preferido. É um mundo novo de possibilidades que vem por aí.