Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 22 de Março de 2017 às 19:15

Previsão de alta do PIB em 2017 cai para 0,5%

Reformas fiscais devem reduzir peso do governo, disse Fabio Kanczuk

Reformas fiscais devem reduzir peso do governo, disse Fabio Kanczuk


GUSTAVO RANIERE/MF/DIVULGAÇÃO/JC
O Ministério da Fazenda divulgou ontem que reduziu a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano de 1% para 0,5%. A projeção para 2018 é de crescimento de 2,5%. A equipe econômica ajusta, desta forma, sua projeção para o comportamento da economia em 2017 à do mercado. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, os analistas esperam crescimento de 0,48% para este ano.
O Ministério da Fazenda divulgou ontem que reduziu a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) para este ano de 1% para 0,5%. A projeção para 2018 é de crescimento de 2,5%. A equipe econômica ajusta, desta forma, sua projeção para o comportamento da economia em 2017 à do mercado. De acordo com o último boletim Focus, do Banco Central, os analistas esperam crescimento de 0,48% para este ano.
Em novembro do ano passado, o ministério já havia reduzido sua perspectiva para o PIB de 2017 de 1,6% para 1%. A previsão é que, neste primeiro trimestre, o crescimento na comparação com o quarto trimestre de 2016 seja de 0,49%. No início de fevereiro, o ministro da Fazenda havia afirmado que a previsão de alta de 1% do PIB estava mantida pelo bom desempenho de indicadores antecedentes da economia, como vendas de papelão ondulado, usado como embalagem de produtos, e movimento de cargas.
O secretário de Política Econômica da pasta, Fabio Kanczuk, explicou que o número é pior porque, no mês passado, ainda não estavam mensuradas totalmente os efeitos do forte pagamento de dívidas por empresas, a chamada "desalavancagem". Para pagar débitos, as empresas deixaram de investir e contratar, o que teve efeito mais forte sobre a economia do que o imaginado a princípio.
"Essa informação depende dos balanços das empresas, e alguns de dezembro ainda não estão fechados", disse. "A velocidade de desalavancagem das empresas foi surpreendente, foi uma redução abrupta, que determinou um PIB mais fraco no quarto trimestre com efeitos no início deste ano". Para o secretário, os números sugerem que esse processo de saída do endividamento ficou para trás.
Kanczuk repetiu a expectativa de que no último trimestre do ano haja um crescimento de 2,7% na comparação com o mesmo período de 2016 e uma alta de 3,2% em relação ao terceiro trimestre do ano. "A alta de 0,5% não é exuberante, mas os números dos últimos trimestres são bastante bons", afirmou.
O secretário ainda comentou o fato de a perspectiva oficial para 2018, de alta de 2,5%, ser menor do que os 3% divulgados pelo ministro da Fazenda. "Existe uma probabilidade razoável de crescimento acima de 3%. Mas nosso cenário de maior probabilidade é de alta de 2,5%."
Além da taxa de juros em queda, maior confiança na economia e safra de grãos expressiva, o secretário citou a liberação das contas inativas do FGTS, que ocorre ao longo deste primeiro semestre, como fator importante levado em conta na nova projeção do PIB. Ele calculou que, se metade dos beneficiados pela medida usarem os recursos do fundo para consumir, o aquecimento na economia pode ser o equivalente a 0,35 ponto percentual do PIB. Fez a ressalva, entretanto, que não se pode simplesmente subtrair esse 0,35 ponto percentual dos 0,5% de alta do PIB para se ter o impacto da liberação das contas inativas. "Essa conta não é tão simples."
De acordo com o secretário, no longo prazo, a expectativa é que as reformas fiscais permitam que o peso do governo na economia possa ser reduzido em 0,7 ponto percentual. No caso das chamadas reformas microeconômicas, esse peso também seria de 0,7 ponto percentual. Isso, defendeu, deve elevar o chamado PIB potencial, ou seja, quanto a economia pode crescer em situação de estabilidade. "Saímos de um PIB potencial de 2,3% ou 2,5% e podemos chegar a 3,7% ou 3,8%. Mas isso é o crescimento médio nos próximos 10 anos."
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO