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Energia

- Publicada em 21 de Março de 2017 às 21:55

Rede difundirá tema das energias renováveis

As gerações solar e eólica também farão parte dos temas discutidos

As gerações solar e eólica também farão parte dos temas discutidos


GIANLUIGI GUERCIA/AFP/JC
Para propagar o potencial da geração das energias renováveis no campo, será consolidada, até o final do ano, uma rede de agentes envolvidos com esse tema. Entre os grupos estarão o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Itaipu, secretarias de Agricultura, cooperativas, institutos de pesquisas e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Inicialmente, a ação terá como abrangência a região Sul do País; posteriormente, a meta é expandir para outras localidades.
Para propagar o potencial da geração das energias renováveis no campo, será consolidada, até o final do ano, uma rede de agentes envolvidos com esse tema. Entre os grupos estarão o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), Itaipu, secretarias de Agricultura, cooperativas, institutos de pesquisas e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Inicialmente, a ação terá como abrangência a região Sul do País; posteriormente, a meta é expandir para outras localidades.
O superintendente de Energias Renováveis da Itaipu, Herlon Goelzer de Almeida, adianta que o objetivo é a troca de informações, identificação de projetos a serem desenvolvidos e estimular os governos estaduais a criarem políticas quanto às energias renováveis. Apesar de o assunto englobar questões como as gerações solar e eólica, um tópico que será enfatizado é o biogás (feito a partir de resíduos orgânicos). Almeida salienta que o biogás pode ser um recurso aproveitado por produtores de suínos, aves ou de leite. O superintendente vê um ótimo espaço para o crescimento dessa atividade no Oeste do Paraná e de Santa Catarina e no Norte e Noroeste do Rio Grande do Sul.
A prática transforma um passivo ambiental (como dejetos de animais, por exemplo) em um ativo econômico. "O biogás não é um subproduto, mas uma nova riqueza, uma nova atividade econômica", enfatiza. Almeida argumenta que o biogás pode ser utilizado na geração de energia térmica, substituindo a lenha ou o GLP, e na produção de eletricidade. O dirigente frisa que essa última aplicação é muito importante no meio rural, que verifica em diversas áreas deficiência no sistema de rede elétrica.
Conforme dados de Itaipu, que, há anos, desenvolve pesquisas na área de energias renováveis, o Brasil tem um potencial de produção de 52 bilhões de metros cúbicos anuais de biogás procedente do agronegócio, setor sucroalcooleiro e resíduos de alimentos. O diretor-presidente do CIBiogás, Rodrigo Regis de Almeida Galvão, comenta que, se convertido em geração de energia elétrica, o patamar equivale a justamente a capacidade da hidrelétrica binacional.
Galvão ressalta que o biogás pode contribuir para a transformação econômica, desenvolvimento regional e competitividade do agronegócio. O diretor reforça que o CIBiogás repassará para a rede o conhecimento técnico absorvido com iniciativas já desenvolvidas. O centro é uma entidade científica e de inovação formada por 16 instituições que apoiam projetos relacionados às energias renováveis. Sua estrutura conta com um laboratório de biogás, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, e com 11 unidades de produção de biogás no Brasil e no Uruguai.
Também sobre energias renováveis, a Emater apresentará algumas das possibilidades de aproveitamento da energia fotovoltaica na Expoagro 2017, que se estenderá até amanhã. Os sistemas de energia fotovoltaica podem ser financiados a juros subsidiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em uma linha denominada Pronaf ECO. No Rio Grande do Sul, pode ser financiado pelo Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). Para tanto, o agricultor precisa de um projeto técnico elaborado por uma empresa regulamentada na área e, na sequência, a Emater faz o projeto de crédito.

Qualidade do fornecimento, em duração de interrupção, é a melhor em nove anos, avalia Aneel


ELZA FIÚZA/ABR/JC
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, anunciou ontem dados sobre a melhora na qualidade dos serviços de distribuição de energia em 2016. "Registramos o melhor DEC (indicador de duração das interrupções no fornecimento de energia) dos últimos nove anos", disse, durante reunião de diretoria da autarquia. "Temos tido um foco forte em melhorar a qualidade, e estou satisfeito de ver que esse trabalho tem dado resultados", comentou.
Conforme dados apurados pela Aneel, o DEC consolidado do Brasil apresentou uma redução de 15% em 2016, em relação a 2015. Na média nacional, o índice passou de 18,6 horas de ausência de fornecimento para 15,82 horas, na comparação entre os dois anos. "A energia esteve presente em 99,82% do tempo. Além de o fornecimento de energia ser o serviço mais universalizado, 99,7%, é também de alta qualidade", afirmou Rufino.
Outro indicador acompanhado pela Aneel, de frequência das interrupções, ou FEC, teve melhora mais discreta, passando de 9,86 vezes, na média nacional, em 2015, para 8,87 vezes em 2016.
De acordo com o diretor-geral da agência, a melhora verificada está relacionada a um conjunto de ações desenvolvido pela autarquia, particularmente junto às distribuidoras com os indicadores "mais distantes do contratado". Conforme explicou, o regulador atuou com a realização de uma fiscalização e um acompanhamento mais rigorosos junto a essas concessionárias, cobrando a melhoria dos processos. "Fomos bem-sucedidos nesse processo, várias dessas companhias mostraram melhora relevante", disse.
Ele lembrou que o modelo de contrato para a renovação das concessões de distribuição hoje utilizado também contribuiu para que as empresas atuassem com mais foco na melhora da qualidade do serviço, tendo em vista que o contrato é mais severo no que diz respeito à entrega dos índices de qualidade contratados, com possibilidade de abertura de processo de caducidade, caso as empresas não apresentem o desempenho acordado.