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Economia

- Publicada em 16 de Março de 2017 às 17:21

Cenário fiscal traz desconforto e taxas futuras de juros fecham em alta

Agência Estado
Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira em alta na BM&FBovespa, devolvendo uma parte da queda registrada na véspera determinada pela sinalização do Federal Reserve (o banco central norte-americano) de que o processo de aperto monetário nos Estados Unidos será gradual. Nesta quinta, dada a agenda fraca de indicadores domésticos e a baixa volatilidade do cenário externo, o que orientou os negócios foi uma certa cautela com o andamento da reforma da Previdência, com a possibilidade de haver aumento de impostos para ajudar no cumprimento da meta fiscal e o impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o ICMS não compõe a base de cálculo para a cobrança do PIS e Cofins. Além disso, o dólar voltou a subir ante o real.
Os juros futuros encerraram a sessão desta quinta-feira em alta na BM&FBovespa, devolvendo uma parte da queda registrada na véspera determinada pela sinalização do Federal Reserve (o banco central norte-americano) de que o processo de aperto monetário nos Estados Unidos será gradual. Nesta quinta, dada a agenda fraca de indicadores domésticos e a baixa volatilidade do cenário externo, o que orientou os negócios foi uma certa cautela com o andamento da reforma da Previdência, com a possibilidade de haver aumento de impostos para ajudar no cumprimento da meta fiscal e o impacto da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o ICMS não compõe a base de cálculo para a cobrança do PIS e Cofins. Além disso, o dólar voltou a subir ante o real.
Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (182.255 contratos) terminou com taxa de 10,005%, de 9,975% no ajuste de quarta. O DI janeiro de 2019 (233.615 contratos) encerrou com taxa de 9,54%, de 9,49% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2021 (142.800 contratos) subiu de 9,95% para 9,99%.
Nos últimos dias, em meio a pressões por mudanças no texto e manifestações populares contrárias, vêm crescendo a percepção de que não será possível aprovar a reforma da Previdência no primeiro semestre. Até o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já admite essa hipótese. Meirelles previu nesta quinta que a reforma será aprovada pela Câmara dos Deputados até maio - a expectativa inicial é que o aval dos parlamentares seja concedido em abril - e a aprovação no Senado, conforme Meirelles, deve se dar no início do segundo semestre deste ano.
Do lado fiscal, também têm circulado informações de que o governo estuda aumentar impostos em várias frentes para garantir que as contas este ano tenham déficit de no máximo R$ 139 bilhões. Entre elas, a elevação de PIS e Cofins sobre a gasolina e diesel, que pode render R$ 3 bilhões este ano, conforme apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Quanto à decisão do STF sobre o ICMS, a perda potencial estimada pela Procuradoria-Geral da Fazenda poderia chegar a R$ 250,3 bilhões, se fosse considerado o intervalo entre 2013 e 2014. Se valesse o prazo de cinco anos, período de prescrição da causa, o valor seria de R$ 100 bilhões. A Fazenda anunciou que vai recorrer da decisão.
Pouco antes do início da sessão estendida, o presidente Michel Temer divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em fevereiro, o saldo de vagas ficou positivo em 35.612 vagas, a primeira geração líquida de postos de trabalho desde março de 2015. O número veio dentro do intervalo esperado (corte de 38.730 a geração de 60.000 vagas), mas bem acima da mediana estimada, de criação de 15.000 vagas.
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