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Negócios corporativos

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2017 às 20:38

Heineken compra dona das cervejas Schin e Devassa

Operação abrirá espaço para a expansão no segmento premium

Operação abrirá espaço para a expansão no segmento premium


KOEN SUYK/AFP/JC
A dona das cervejas Schin, Devassa e Baden Baden vai trocar de mãos. O grupo japonês de bebidas Kirin Holdings anunciou ontem um acordo para vender sua filial no Brasil à cervejaria holandesa Heineken por ¤ 660 milhões (US$ 700 milhões).
A dona das cervejas Schin, Devassa e Baden Baden vai trocar de mãos. O grupo japonês de bebidas Kirin Holdings anunciou ontem um acordo para vender sua filial no Brasil à cervejaria holandesa Heineken por ¤ 660 milhões (US$ 700 milhões).
O valor é bem inferior aos mais de US$ 3 bilhões pagos pelos japoneses ao Grupo Schincariol em 2011. Com o negócio, a cervejaria holandesa ganhará escala e passará a deter a segunda maior participação no mercado brasileiro de cervejas, atrás da Ambev e à frente do grupo Itaipava.
"Levando em conta os riscos associados à economia brasileira e a situação da concorrência em um mercado estancado, a Kirin chegou à conclusão de que seria difícil transformar o Brasil Kirin em uma atividade rentável", explicou a companhia em um comunicado nesta segunda-feira.
Com a operação, o grupo japonês venderá a totalidade de sua participação na Kirin Brasil ao grupo Bavaria, proprietário da Heineken, pelo equivalente a
R$ 2,2 bilhões (US$ 700 milhões). A Kirin chegou ao Brasil em 2011, mas os problemas econômicos endureceram a concorrência no Brasil, terceiro mercado mundial da cerveja, atrás de China e Estados Unidos.
Para a Heineken, a terceira maior cervejaria do mundo e que está no País desde 2010, a aquisição da concorrente ampliará sua capacidade de produção, abrindo caminho para a expansão de sua posição no segmento premium de cervejas, em que atua. A empresa também é dona da Amstel, uma marca mais popular.
A liderança do mercado brasileiro não será alterada. A Ambev - dona das marcas Brahma, Skol e Stella Artois, entre outras - detinha 66% das vendas de cerveja no País, segundo dados de dezembro. O segundo colocado, o grupo Petrópolis, dono da Itaipava, tinha 14%. A Heineken aparecia em terceiro, com 9%, e a Brasil Kirin, com 8,5%, em quarto. Concretizando a transação, a Heineken passará a 17,5%.

Distribuição será avaliada após parecer do Cade

Após o anúncio da aquisição da Brasil Kirin, a Heineken afirmou que vai aguardar a conclusão do negócio antes de tratar de próximos passos na operação brasileira, incluindo a parceria de distribuição com o sistema Coca-Cola. Segundo a companhia, a parceria continua enquanto o negócio com a Brasil Kirin não for avaliado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Segundo informou a Heineken, uma vez que o negócio com a Brasil Kirin se concretize, a companhia vai analisar sua futura rota e dará detalhes adicionais. Segundo informou a Heineken em comunicado ao mercado, a Brasil Kirin tem cerca de 2% do mercado de refrigerantes brasileiro, onde atua com marcas como a Itubaína. A Heineken, porém, tem um acordo de distribuição com o sistema Coca-Cola e não está claro se esse relacionamento deverá se manter após a aquisição da Brasil Kirin.

Grupo SEB adquire rede de escolas canadense

O grupo SEB, da família do empresário Chaim Zaher, anunciou a compra da Maple Bear no Brasil, escola bilíngue canadense com 85 escolas e 15 mil alunos no País. O valor do negócio não foi divulgado, mas o mercado estima aproximadamente R$ 160 milhões. Pelo acordo, o SEB fica com 95% de participação e poderá expandir a marca para outros países na América do Sul por meio de franquias, um mercado ainda não explorado pelo grupo SEB. A Maple Bear está presente em 13 países no mundo.
No Brasil há cerca de 10 anos, a canadense já atua com ensino bilíngue infantil e fundamental e agora se prepara para entrar no mercado de ensino médio a partir de 2018, segundo Rodney Briggs, presidente da Maple Bear Global Schools. O faturamento da Maple Bear no Brasil gira em torno de R$ 350 milhões. Em Porto Alegre, a empresa possui uma unidade no bairro Higienópolis.
Segundo Chaim Zaher, o negócio com a canadense representa uma porta de entrada para os planos de internacionalizar o grupo SEB. O SEB atua há mais de 50 anos no mercado de educação brasileiro, com foco na educação básica, com cerca de 45 mil alunos distribuídos em 39 unidades. Algumas de suas marcas são SEB COC, Pueri Domus e Dom Bosco. No ano passado, lançou a Conexia, para atuar em diferentes áreas, como material didático, gestão escolar, gestão pedagógica, tecnologia e ensino a distância.
A transação com a Maple Bear não é única anunciada pelos Zaher nos últimos meses. No início deste mês, o grupo SEB divulgou que recomprou o sistema de ensino Pueri Domus, que fora vendido por ele mesmo ao britânico Pearson em 2010.