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Economia

- Publicada em 07 de Fevereiro de 2017 às 15:27

Itaú espera continuidade de queda da inadimplência em 2017

Agência Estado
O Itaú Unibanco espera que sua inadimplência continue em trajetória de queda ao longo de 2017, de acordo com o presidente do banco, Roberto Setubal. "Terminamos o ano com inadimplência menor em todos os segmentos e esperamos que essa tendência continue ao longo de 2017", disse ele, em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (7).
O Itaú Unibanco espera que sua inadimplência continue em trajetória de queda ao longo de 2017, de acordo com o presidente do banco, Roberto Setubal. "Terminamos o ano com inadimplência menor em todos os segmentos e esperamos que essa tendência continue ao longo de 2017", disse ele, em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (7).
A inadimplência total do Itaú Unibanco, considerando atrasos acima de 90 dias, foi a 3,4% no quarto trimestre de 2016, redução de 0,5 ponto porcentual em relação ao indicador do terceiro trimestre, de 3,9%. Em relação há um ano antes, quando o índice estava em 3,2%, cresceu 0,2 p.p.
Sobre os resultados do banco, Setubal disse que, apesar da queda do lucro, a instituição encerra o ano com perspectivas melhores. Ele reforçou ainda que a redução já estava prevista e que o resultado foi impactado pelo aumento das provisões para devedores duvidosos por conta do aumento da inadimplência.
"Esperamos aumento de 1,0% do PIB neste ano. A melhora é pequena, mas esperamos melhora do ambiente e do risco. Estamos cautelosamente positivos com 2017 e 2018", disse Setubal.
O executivo lembrou que o País sai de uma recessão de 3,5% no ano passado para crescimento de 0,5% a 1%. "É expressivo e substancial", disse ele, lembrando que os sinais de consolidação forte ainda não estão firmes, mas são "bastante melhores". "A queda de juros é grande contribuição para o crescimento econômico", afirmou Setubal.

Banco pretende fazer Impairments de forma regular nos próximos trimestre

O Itaú Unibanco considera fazer impairments de forma regular nos próximos trimestres, de acordo com Setubal. "A regra exige. Vamos fazer impairments regularmente. O que fizemos corresponde a cerca de dez clientes e não a um caso específico. São debêntures, CRIs", explicou ele.
Setubal lembrou que os impairments são feitas para títulos de dívida que tiveram seu valor reduzido assim como o banco efetua provisões para créditos concedidos. No ano passado, o banco fez um impairment de R$ 1,9 bilhão, sendo R$ 1,255 bilhão no quarto trimestre.
De acordo com Setubal, o impairment impacta a margem financeira com clientes do banco, mas também a queda dos juros. "Esperamos queda do spread em 2017 e vamos acompanhar a redução dos juros", disse ele.
O presidente do Itaú Unibanco afirmou que os R$ 8 bilhões em créditos cedidos no quarto trimestre do ano passado foram repassados para a Recovery, empresa de recuperação de crédito que o banco adquiriu em 2015 do BTG Pactual. "Cedemos créditos já baixados a prejuízo e que não têm impacto no resultado. Nossa ideia era fazer isso com a Recovery, que tem índice de recuperação acima do nosso e estamos felizes com a aquisição", explicou o executivo.
A instituição informa ainda que vendeu ativos que também estavam em prejuízo, sem retenção de riscos, para empresas não ligadas, no montante de R$ 77 milhões, com impacto de aproximadamente R$ 6 milhões no lucro líquido e sem impacto nos indicadores de inadimplência.
Além disso, no quarto trimestre, o Itaú fez a venda de ativos financeiros no Chile para empresas não ligadas, no montante de R$ 701 milhões, com impacto positivo de aproximadamente R$ 27 milhões no lucro líquido. Essas operações estão relacionadas a carteira de crédito universitário em dia, conforme o banco.
"São créditos que o governo local incentiva e depois recompra operações ainda em dia. Já é um costume", explicou Setubal.

Delação da Odebrecht não deve mudar cenário político, considera presidente do Itaú

O presidente do Itaú Unibanco disse que a delação dos executivos da construtora Odebrecht tende a afetar "um ou outro", mas não deve mudar de forma relevante o cenário político. "Temos expectativa de melhora no cenário político", comentou, em coletiva de imprensa.
Sobre a situação dos Estados no que tange aos empréstimos consignados, Setubal destacou que está "andando satisfatoriamente". Ele acrescentou ainda que se e quando o governo do Rio Grande do Sul decidir vender o Banrisul, o Itaú vai olhar. Ponderou, contudo, que é um passo difícil uma vez que é uma decisão que tem de ser tomada em plebiscito.
O presidente executivo acredita que a adoção de pequenas medidas pode melhorar o spread no Brasil. Ele citou os compulsórios no País, mais altos que no resto do mundo, risco país, disponibilidade de informações e ainda os impostos que incidem na intermediação financeira.
"À medida que os juros básicos forem caindo, o custo do empréstimo será reduzido, mas o spread terá de cobrir a inadimplência", destacou Setubal.
Segundo ele, assim como afirmou na segunda-feira o presidente da Febraban, Murilo Portugal, não há uma bala de prata para redução do spread, mas pequenas medidas têm potencial para melhorar a condição da intermediação financeira no Brasil. "Temos compulsórios muito mais elevados que o resto do mundo", acrescentou.
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