As maiores manifestações públicas do atual período democrático brasileiro resultaram no afastamento do PT da presidência da República, encerrando uma sequência de 13 anos no cargo. Vice, companheiro de chapa e de ator fundamental na articulação política da governabilidade petista, Michel Temer (PMDB) maquiou a face do governo para responder às aspirações populares por mudanças, com alguns nomes novos no ministério. Mas é perceptível que os atores mais importantes representam a mesma concertação partidária que transformou a máquina governamental em aparato de amigos, corrupção sistêmica e perpetuação de poder na última década. Alijados do poder, os petistas cobram - com razão - que a sociedade se manifeste contra práticas aéticas, imorais e ilícitas promovidas pelos atuais ocupantes do governo. Descarte-se o revanchismo. É imperioso que a sociedade - com ou sem apoio de partidos, sindicatos e organizações sociais - tome a dianteira em defesa da Operação Lava Jato, com a finalidade de punir a todos que se apropriaram de dinheiro público em obras superfaturadas, negócios escusos e fraudes eleitorais, para que novos métodos sejam empregados na gestão pública e efetivamente possamos melhorar a qualidade da nossa democracia. (Luís Augusto Fialho de Fialho, bancário, especialista em Gestão Pública)
Cidade das frutas e verduras
Enquanto outras cidades se caracterizam pela beleza e educação, a capital do estado do Rio Grande do Sul virou uma feira livre a céu aberto. Por ocasião da posse do novo prefeito, em janeiro de 2017, os fruteiros e verdureiros, sem saber qual a atitude do novel edil em relação as suas atividades sabidamente ilegais, adotaram a posição de observadores apenas. Algumas "barraquinhas". A Rua da Praia, avenidas Salgado Filho e Borges de Medeiros e adjacências, estavam desertas, uma beleza. Passados alguns dias, à vista da "tolerância municipal", voltaram a todo o vapor. Inclusive e aos poucos, a Praça da Alfândega está sendo ocupada com caixotes de frutas. Sugiro à Câmara de Vereadores a mudança do nome da cidade, para: Porto Alegre das Frutas e Verduras... E a prefeitura pode fazer alguma coisa? (Pedro José Mentges)
Vaquejada
Nossos parlamentares federais, em posição absurda, resolveram inserir, no texto constitucional, a liberação da "vaquejada". Tornaram a discussão, permitir ou não, tema constitucional. Inacreditável! A matéria, e isso com grande generosidade, é para uma mera lei ordinária. Enorme constrangimento à população. Serve, porém, para nos alertar, enquanto eleitores, em relação à nossa missão de sabermos selecionar! O que esperar, indagação pertinente, da sabatina de Alexandre de Moraes rumo ao STF? Fica difícil saber. (Jorge Lisbôa Goelzer, advogado, Erechim/RS)