Enquanto a comunidade critica o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), pelo parcelamento do 13º salário em 12 vezes, num esforço para administrar o déficit público, no qual foram incluídas extinções de órgãos públicos, atingindo alguns feudos eternizados pelo corporativismo, outros setores da administração direta, como Tribunal de Justiça, Procuradoria, Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas, receberam seus salários em dia, demonstrando uma odiosa discriminação entre os poderes.
É difícil tomar decisões em áreas delicadas da ação pública - mas Sartori está assumindo este desgaste para buscar alternativas ao caos das finanças públicas do Estado. Outros poderes deveriam contribuir também para a busca de soluções integradas.
Infelizmente, no entanto, o espírito de corpo fala mais alto e, na hora de apertar os cintos, cada segmento defende seus interesses, sem preocupação com redução de gastos. E a dívida pública é uma herança maldita, recebida pelo governador Sartori de muitas gestões passadas.
No âmbito privado, o setor industrial prepara-se para enfrentar dias difíceis em 2017 lançando à presidência da Fiergs o experiente empresário Gilberto Porcello Petry, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas. É preciso ir ao encontro de novos horizontes!
Só um esforço integrado, reprisando a união em prol do III Polo Petroquímico, poderá descortinar algumas saídas para as finanças estaduais que espalham seus tentáculos desestabilizadores sobre todos os setores da atividade econômica.
Empresário