Petróleo sobe em reação a sinais de cumprimento de acordo para reduzir produção

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (20), em meio a sinais de que os países envolvidos têm em geral cumprido o acordo para reduzir a oferta da commodity. O dólar mais fraco também colaborou para o movimento. No fim da sessão, porém, foi divulgado que o número de poços e a plataformas em atividade aumentou na última semana nos EUA, o que pode ser um sinal negativo para os preços.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro, contrato que venceu hoje, fechou com ganhos de 2,04%, a US$ 52,42 o barril, e o WTI para março, contrato mais líquido, subiu 2,11%, a US$ 53,22 o barril. Já o Brent para março fechou em alta de 2,46%, a US$ 55,49 o barril, na Ice.

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, afirmou nesta semana no Fórum Econômico Mundial de Davos que tem havido um forte cumprimento na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de países de fora do grupo do acordo para conter a oferta nos mercados globais.

Além disso, o dólar mais fraco durante a sessão desta sexta-feira também ajudou os contratos. Com isso, o petróleo, cotado nessa moeda, torna-se mais barato para os detentores de outras divisas, o que aumenta a demanda. Ao mesmo tempo, o novo presidente dos EUA, Donald Trump, realizou seu discurso de posse, no qual voltou a defender investimentos no próprio país e buscar uma economia mais forte, o que apoiou os contratos.

Perto do fim da sessão, a Baker Hughes informou que o número de poços e plataformas ativas nos EUA subiu 29 na última semana, para 551, no nível mais alto em 14 meses, segundo Phil Flynn, da Price Futures Group. A Citi Futures apontou que esse número teve alta de 8% desde o ano passado, mas ainda recua quase 66% na comparação com o pico de outubro de 2014.