Bolsas europeias operam em baixa com mercado à espera por diretrizes de Draghi

Em dia de agenda esvaziada de indicadores, as bolsas europeias operam em baixa nesta quinta-feira, com os investidores à espera da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e por diretrizes na coletiva do presidente da instituição, Mario Draghi.

Às 9h (de Brasília), a Bolsa de Londres recuava 0,68%, Paris perdia 0,32%; Frankfurt tinha baixa de 0,15%; Milão caía 0,27%; Madri desvalorizava 0,41% e Lisboa retraía 0,95%.

Cautela antes da divulgação de juros do BCE - que sairá às 10h45min, de Brasília - e da fala de Draghi - às 11h30min - dá o tom aos negócios. O mercado não espera qualquer alteração na política monetária, mas os investidores aguardam com expectativa por direções que Draghi poderá fornecer em meio a um crescimento e inflação mais forte na zona do euro.

Em dezembro, a instituição decidiu estender o prazo da compra de títulos de abril até dezembro deste ano, a um ritmo mais lento. "Com o tempo, o Conselho do BCE pode ajustar a avaliação de crescimento da região dado o fluxo de dados positivos", estimam os economistas do Citigroup. Outro foco que está no mercado é a posse do presidente eleitos dos EUA, Donald Trump, nesta sexta-feira.

As ações de bancos lideram as maiores perdas, após relatos de que empresas com sede em Londres estão se preparando para deixar a cidade, uma vez que o Reino Unido se prepara para sair da União Europeia. Por outro lado, o banco italiano Ubi sobe em torno de 5% depois de firmar acordo para comprar outros três bancos menores.

Na França, a fornecedora aeroespacial Safran chegou a um acordo para comprar a fabricante de assentos de aeronaves Zodiac Aerospace por 8,5 bilhões de euros (US$ 9 bilhões), o mais recente sinal de consolidação entre os fornecedores principais de fabricantes de aviões do mundo. O negócio tornará a Safran o terceiro maior fornecedor do mundo. As ações da Safran subiam 1,26% e as da Zodiac disparavam mais de 21%.

Entres os balanços divulgados hoje, o Carrefour relatou aumento de 3,9% nas vendas no quarto trimestre, superando as expectativas dos analistas. Apesar disso, o papel da rede varejista recuava 1,55%. Na Ásia, por exemplo, as vendas caíram 5%. O Carrefour está no meio de uma reestruturação de suas atividades na China.