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Empresas & Negócios

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 11:34

Muito mais que 101 vira-latas

A ONG abriga mais de 350 animais abandonados

A ONG abriga mais de 350 animais abandonados


JONATHAN HECKLER/JC
Nicole Feijó
Enquanto pulava de um lado para o outro no canil, parecia que Sirius Black sabia que aquele dia seria especial. Depois de sete meses abrigado na 101 Viralatas, organização que resgata animais abandonados, ele ganhou um lar. O pitbull, de três anos, foi adotado por Letícia Estigarribia. "Nós queríamos um pequeninho, mas, quando o vimos, nos apaixonamos", lembra ela, que soube da ONG por uma voluntária.
Enquanto pulava de um lado para o outro no canil, parecia que Sirius Black sabia que aquele dia seria especial. Depois de sete meses abrigado na 101 Viralatas, organização que resgata animais abandonados, ele ganhou um lar. O pitbull, de três anos, foi adotado por Letícia Estigarribia. "Nós queríamos um pequeninho, mas, quando o vimos, nos apaixonamos", lembra ela, que soube da ONG por uma voluntária.
Quando Sirius saiu do seu canil, ouviam-se os latidos dos outros 350 cachorros, que estão no espaço de dois hectares, localizado em Viamão. Além deles, mais 50 gatos vivem em gatis no local e, assim como os cães, estão à espera de adoção. A presidente da organização, Aline Vieira, conta que recolheu o primeiro animal na rua quando tinha 10 anos e, a partir de então, não parou mais.
Aos poucos, os resgates ficaram mais frequentes, e o trabalho ganhou forma, mas, apenas em 2004, foi oficializada com o nome de 101 Viralatas. Sempre investindo em divulgação, Aline conquistou parceiros, doações e voluntários. Para ela, toda ajuda é bem-vinda, desde doação de ração até carona para os animais. "Quanto mais divulgamos, mais adoções conseguimos para eles. Para mim é horrível eles morrerem no abrigo. Eu sinto como que se eu tivesse falhado. Quando eu resgato, o propósito é dar uma vida melhor a eles", esclarece. 
A presidente da ONG conta com aproximadamente 50 voluntários fixos, divididos por setores como redes sociais, apadrinhamentos e adoções. Os voluntários ajudam Aline das mais diferentes formas, desde participação em mutirões de banho e limpeza dos espaços até carona para levar os animais em feiras. Entre as atividades realizadas durante o ano estão os passeadores voluntários, quando os cães e gatos são levados para passeios ao ar livre pela Capital e os voluntários carinhosos, quando as pessoas são convidadas a irem até a sede dar carinho e atenção aos animais.
Pensando em quem não tem condições de adotar, há dois anos a organização criou a possibilidade de apadrinhamento. Dessa forma, mesmo que não consiga levar para a casa, é possível ajudar com custos, rações e medicamentos. Hoje, são cerca de 150 padrinhos, que doam um valor fixo mensal para seus afilhados, que custeia a compra de ração. Para os cachorros, o valor é de R$ 55,00, e para gatos, R$ 30,00. Os padrinhos também podem contribuir com cuidados extras, como vacinas, vermífugos, castração ou manutenção do canil. Letícia Lima, responsável pelo setor, acrescenta que é possível - e importante - que essas pessoas façam visitas aos afilhados. 
No caso da adoção, a organização desenvolveu um processo para assegurar que os adotantes têm condições de cuidar do animal. Os interessados em adotar um animal adulto precisam responder um questionário, e o próximo passo é conhecer o local onde o adotado vai viver. Priscila Costia, coordenadora do setor há um ano, revela que, apesar de o início do ano ser uma época de aumento do número de abandono, grande parte das adoções acontece no primeiro semestre. Só no ano passado, aproximadamente 350 animais ganharam um novo lar.  
Com um orçamento mensal que já chegou até a R$ 80 mil, além da economia com a ajuda dos voluntários nos mutirões de limpeza e doações de ração, a organização tem o apoio de empresas parcerias, como Agrosul, Daspet, Moresco Contabilidade, SOS rações e Taurus Suplementos, que patrocinou o calendário 2017 da 101 Viralatas, vendido via financiamento coletivo. A venda tem como objetivo formar uma reserva para os primeiros meses do ano. De acordo com Barbara Martins, responsável pelas redes, essa quantia é importante, principalmente nesta época do ano, quando é frequente o abandono e a diminuição de doações à organização.
Outra forma de captação de recurso é por meio de aplicativos. A 101 Viralatas está no Joyz, plataforma on-line semelhante à rede social Instagram que, além das curtidas, promove a doação de valores a iniciativas sem fins lucrativos. Se o foco do Joyz está na arrecadação de recursos, no caso da plataforma própria da organização disponível para Android e em desenvolvimento para IOS, o propósito é incentivar a adoção e divulgar eventos da ONG. A iniciativa foi desenvolvida a partir de um projeto comandado por Tiago Cury e executado junto a alunos da Escola QI de Informática. Nesta plataforma, quem deseja adotar pode fazer buscas filtradas por idade, sexo, porte e tamanho.
Aline revela que, apesar das carências serem muitas, a maior delas é de veterinários para cuidados e procedimentos, que até agora são feitos em clínicas. Para diminuir este tipo de gasto, com o apoio da Zahl investimentos, iniciaram a construção de um ambulatório para realizar os procedimentos no próprio local. Mas, para que seja possível fazer isso, precisam de veterinários voluntários.
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