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Política

- Publicada em 22 de Dezembro de 2016 às 15:52

Vários países da América Latina pedirão informações sobre subornos da Odebrecht

Agência Estado
Vários países latino-americanos pedirão dados aos Estados Unidos, após a construtora brasileira Odebrecht e sua petroquímica Braskem admitirem ante autoridades norte-americanas que pagaram subornos milionários na região para conseguir contratos públicos.
Vários países latino-americanos pedirão dados aos Estados Unidos, após a construtora brasileira Odebrecht e sua petroquímica Braskem admitirem ante autoridades norte-americanas que pagaram subornos milionários na região para conseguir contratos públicos.
Na Colômbia, o escritório do presidente Juan Manuel Santos disse em comunicado que solicitou a intervenção da promotoria geral e que foi contatado o Departamento de Justiça norte-americano para solicitar informações "que envolvam funcionários e/ou contratos".
Em acordo ante um tribunal federal de Nova York divulgado na quinta-feira pelo Departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht detalhou que entre 2009 e 2014 pagou na Colômbia cerca de US$ 11 milhões e obteve benefícios de mais de US$ 50 milhões.
O secretário da Transparência da presidência colombiana, Camilo Enciso, afirmou à rádio local Caracol que os subornados sofrerão sanções e processos judiciais.
No Peru, o primeiro-ministro Fernando Zavala disse que também serão pedidas informações aos EUA e ao Brasil sobre US$ 29 milhões que a Odebrecht admitiu ter pago a funcionários peruanos entre 2005 e 2014, período em que recebeu mais de US$ 143 milhões no país.
O Equador também pedirá detalhes sobre os pagamentos ilegais que a companhias brasileira fez entre 2007 e 2016 e que chegaram a US$ 33,5 milhões. "Com a investigação se busca identificar nomes, quantias e conhecer onde foram parar esses recursos", afirmou o promotor geral Galo Chiriboga, entrevistado pela rádio pública do Equador.
Segundo autoridades norte-americanas, outros países da região onde foram pagos subornos foram Brasil (US$ 349 milhões), Venezuela (US$ 98 milhões), República Dominicana (US$ 92 milhões), Panamá (US$ 59 milhões), Argentina (US$ 35 milhões), Guatemala (US$ 18 milhões) e México (US$ 10,5 milhões).
O Departamento de Justiça dos EUA informou na véspera que a Odebrecht e a Braskem concordaram em pagar multa combinada de ao menos US$ 3,5 bilhões para que se retirem as acusações de que subornaram desde 2001 funcionários em dez países da América Latina e dois da África para obter contratos para uma centena de projetos públicos. 
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