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Geral

- Publicada em 01 de Dezembro de 2016 às 18:43

Mobilização busca uma nova sede para o Gapa

Sede enfrenta vazamentos e parte do teto pode desabar

Sede enfrenta vazamentos e parte do teto pode desabar


JC
Igor Natusch
Tentando aproveitar as mobilizações em torno do Dia Mundial de Luta contra a Aids, ocorrido nesta quinta-feira, uma mobilização busca dar fôlego novo para o Grupo de Apoio à Prevenção da Aids no Rio Grande do Sul (Gapa-RS). Lançada na quinta-feira pela Rede Minha Porto Alegre, a ação "Viva o Gapa" une atividades culturais e ações nas redes sociais, com o objetivo de conquistar uma nova sede para a ONG, a primeira a tratar do assunto no Estado.
Tentando aproveitar as mobilizações em torno do Dia Mundial de Luta contra a Aids, ocorrido nesta quinta-feira, uma mobilização busca dar fôlego novo para o Grupo de Apoio à Prevenção da Aids no Rio Grande do Sul (Gapa-RS). Lançada na quinta-feira pela Rede Minha Porto Alegre, a ação "Viva o Gapa" une atividades culturais e ações nas redes sociais, com o objetivo de conquistar uma nova sede para a ONG, a primeira a tratar do assunto no Estado.
A sede do Gapa, localizada na rua Luiz Afonso, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, não faz atendimento ao público há cerca de um ano. O edifício, locado pelo governo estadual desde os anos 1980, teve sua última reforma em 2000 e encontra-se com uma série de problemas em sua estrutura. Os vazamentos são tão generalizados que acabam atingindo outros prédios no entorno, o que força a administração a manter a água desligada e impede o uso dos banheiros. Os danos atingem parte do teto do local, que está prestes a desabar.
O prédio está hoje em meio a uma disputa judicial. Segundo Carlos Alberto Duarte, vice-presidente do Gapa, as contas não são pagas pelo governo gaúcho há cerca de quatro anos. O atual proprietário pleiteia o pagamento dos atrasos, ou a devolução do imóvel. "De qualquer forma, o prédio não tem condições de utilização", afirma o vice-presidente.
Uma alternativa, apresentada pelo governo em 2011, seria a ocupação de um edifício na Jerônimo Coelho, onde antigamente funcionava uma escola. A proposta seria destinar as instalações a uma série de ONGs ligadas à sexualidade, incluindo o próprio Gapa. No entanto, o Corpo de Bombeiros interditou o imóvel e ele encontra-se fechado desde então. Segundo Duarte, algumas intervenções já foram feitas no prédio, mas há incerteza sobre o destino que será dado a ele pelo atual governo estadual.
A entrada de recursos também diminuiu, ao ponto de inviabilizar a maioria das atividades. Até 2006, boa parte do financiamento vinha de fontes internacionais, que suspenderam os repasses. "Estamos praticamente sem fonte de renda", lamenta Duarte. De acordo com ele, a situação é tão grave que voluntários do Gapa acabam tirando do próprio bolso para pagar contas de água e luz, além de serviços de limpeza. "A burocracia para acessar verbas nacionais é muito grande, e atender os trâmites acaba custando demais para uma organização pequena como a nossa."
Nas redes, os interessados em ajudar o "Viva o Gapa" podem acessar o site http://www.vivaogapa.minhaportoalegre.org.br e mandar e-mails para pressionar o secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, a solucionar o problema. Além da mobilização virtual, também será realizado no dia 10 de dezembro, das 14h às 22h, um festival de rua com diversas atrações musicais, food trucks e atividades de conscientização.
"Olhando para a situação de nossa casa, acho que temos um retrato super fiel do descaso da sociedade com o problema (da Aids)", acrescenta o vice-presidente do Gapa. Na visão dele, ainda existe muito preconceito em torno dos portadores do vírus, e o desinteresse em apoiar entidades relacionadas ao tema acaba refletindo em índices negativos. Hoje, o Estado é o segundo em detecção de HIV, atrás apenas do Amazonas, enquanto Porto Alegre lidera o ranking nacional, com 94,2 casos por 100 mil habitantes. "As pessoas chegam a mim e dizem que são solidárias com a 'nossa' causa. Mas a causa não é nossa, ela deveria ser de toda a sociedade", lamenta.
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