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Esportes

- Publicada em 11 de Dezembro de 2016 às 20:27

Sequência de erros levaram ao rebaixamento do Inter

Agência Estado
O dia 11 de dezembro de 2016 ficará marcado como o mais triste da história do Internacional. O empate com o Fluminense por 1 a 1, no Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita (RJ), pela última rodada do Campeonato Brasileiro, decretou o rebaixamento do time gaúcho para a Série B. A queda foi resultado de uma série de falhas ao longo da temporada.
O dia 11 de dezembro de 2016 ficará marcado como o mais triste da história do Internacional. O empate com o Fluminense por 1 a 1, no Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita (RJ), pela última rodada do Campeonato Brasileiro, decretou o rebaixamento do time gaúcho para a Série B. A queda foi resultado de uma série de falhas ao longo da temporada.
Maior expoente técnico do time desde 2008 e principal liderança do time, o argentino Andrés D'Alessandro foi emprestado ao River Plate no início do ano. A relação do jogador com a diretoria estava desgastada, e eram comuns declarações públicas divergentes.
Sem D'Alessandro, o Inter perdeu seu capitão e a torcida ficou órfã de um ídolo em campo. Do goleiro ao atacante, não se via um único jogador diferenciado ou capaz de chamar a responsabilidade em momentos cruciais. O Inter disputou o Brasileirão pela primeira vez em mais de uma década com um time comum.
Desde 2006, praticamente todos os anos o Internacional foi apontado como um dos favoritos ao título - algo que nunca se confirmou. Este ano, ninguém acreditava nessa possibilidade. Bastava ver o elenco. À exceção da contratação do goleiro Danilo Fernandes - que acabou se confirmando como acertada -, e de nomes como os jovens William, Rodrigo Dourado, Valdívia e Vitinho, o time do Inter era formado por jogadores medianos ou decadentes. Anderson, que teve passagem pelo Manchester United e até pela seleção brasileira, nunca conseguiu demonstrar bom futebol no clube. A dupla de zaga titular, Paulão e Ernando, não passava a menor confiança. No meio campo, não havia um armador. No ataque, só havia um finalizador nato (Vitinho). Provavelmente nenhum torcedor do Inter, em nenhum momento da competição, soube escalar o time de cabeça.
Vitório Piffero começou a temporada com uma diretoria de futebol inexperiente. Escolheu para o cargo de vice de futebol o amigo Carlos Pellegrini, que antes era diretor daquele departamento. Sem estofo para o cargo e com maus resultados de campo, Pellegrini logo ficou na mira da torcida. Após a derrota para o Corinthians em casa, no primeiro turno, o vice deixou o cargo e Piffero acumulou a função em que havia tido sucesso dez anos atrás. Dessa vez, falhou.
Com a zona de rebaixamento aparecendo no retrovisor, o Inter mudou todo o departamento de futebol em agosto. Dirigente mais vitorioso da história do clube e amigo de Vitório Piffero, Fernando Carvalho aceitou os apelos do cartola e voltou ao clube. Ao assumir, apresentou o que chamou de "Swat Colorada": definiu Newton Drummond, o Chumbinho, como diretor-executivo de futebol - cargo que já ocupara em momentos vitoriosos da última década -, e Ibsen Pinheiro como diretor do departamento - o ex-deputado fora dirigente vitorioso nos anos 1970. A "Swat" também contava com a solução para devolver o time ao convívio das vitórias: o técnico Celso Roth.
Além disso, o Inter cometeu um dos erros clássicos de um time fadado a afundar: a troca constante de treinadores. O time teve quatro técnicos do Brasileirão, cada um com um estilo de jogo diferente - e dois deles mal tiveram tempo de demonstrar isso.
A equipe começou a temporada comandada por Argel Fucks, contratado em agosto do ano passado. Pragmático, disse certa vez que preferia "ganhar por 1 a 0 do que por 2 a 1, porque isso significava que meu time não sofreu gol". O resultado foi um time com vocação defensiva, que marcava forte, fazia muitas faltas e buscava a vitória em contra-ataques. Começou o Brasileirão com bons resultados, mas emendou seis jogos sem vitória e foi demitido com aproveitamento de 47,6 % na competição.
O substituto escolhido foi um dos maiores ídolos da história do Inter, Paulo Roberto Falcão. Estava sem clube desde o início da temporada e sem ainda ter conquistado um título de expressão como treinador. Na apresentação, disse que seu objetivo era "fazer o time ganhar jogando bonito". Mas, em cinco jogos, o Inter de Falcão conseguiu apenas dois empates - um aproveitamento pífio, de 13,33%.
Foi aí que Roth chegou. Em sua apresentação, lembrou que havia todo o returno pela frente e que a pontuação que o Inter precisava alcançar no campeonato, apesar de difícil, era "absolutamente administrável". Ele assumiu o time na 13.ª colocação e comandou a equipe por 22 partidas. Mesmo sendo o técnico que mais ficou à frente da equipe no Brasileirão, não conseguiu dar padrão de jogo e nem sequer formar um time titular. De quebra, arrumou briga com a torcida por relegar jogadores considerados importantes - deixou o venezuelano Seijas um dos jogadores mais técnicos do time, na reserva, deu pouco espaço para Valdívia e raramente escalava Nico López, que acabaria lesionado e afastado. Deixou o time a três rodadas do fim, com 36% de aproveitamento.
Por fim, o Internacional apostou em Luiz Carlos de Lorenzi, o Lisca - que ganhou a alcunha de "Doido" pelo jeito efusivo com que comemora os gols. O técnico assumiu o time já em situação delicada. Na estreia, perdeu para o Corinthians no Itaquerão, vencendo o Cruzeiro em casa na sequência. Os resultados foram insuficientes para levar o Inter à última rodada, contra o Fluminense, dependendo apenas de suas forças. E o time nem fez a sua parte, pois só empatou por 1 a 1 em Mesquita (RJ).
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