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Esportes

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 22:43

Affatato e Medeiros disputam o voto dos colorados

Pedro Affatato e Marcelo Medeiros (d) disputam o pleito colorado

Pedro Affatato e Marcelo Medeiros (d) disputam o pleito colorado


JC/
Deivison Ávila
A maior preocupação dos colorados no momento não é a eleição presidencial do clube, e sim se o Inter será ou não rebaixado para a segunda divisão do futebol nacional. Apesar disso, os sócios terão, neste sábado, que escolher o sucessor de Vitorio Piffero. As opções são duas. Pela Chapa 1, representando a situação (mesmo que critique a atual gestão), Pedro Affatato, atual vice de finanças, se coloca como opção para gerir o clube até o final de 2018. A Chapa 2, de oposição, traz Marcelo Medeiros. Derrotado por Piffero em 2015, o vice de futebol da gestão de Giovanni Luigi tenta retomar o projeto interrompido no último pleito. Além da escolha do presidente, os colorados definirão 150 novos nomes para o Conselho Deliberativo. Estão aptos a votar os sócios em dia, pela internet (www.votainter.com.br) ou no Ginásio Gigantinho, das 9h às 17h.
A maior preocupação dos colorados no momento não é a eleição presidencial do clube, e sim se o Inter será ou não rebaixado para a segunda divisão do futebol nacional. Apesar disso, os sócios terão, neste sábado, que escolher o sucessor de Vitorio Piffero. As opções são duas. Pela Chapa 1, representando a situação (mesmo que critique a atual gestão), Pedro Affatato, atual vice de finanças, se coloca como opção para gerir o clube até o final de 2018. A Chapa 2, de oposição, traz Marcelo Medeiros. Derrotado por Piffero em 2015, o vice de futebol da gestão de Giovanni Luigi tenta retomar o projeto interrompido no último pleito. Além da escolha do presidente, os colorados definirão 150 novos nomes para o Conselho Deliberativo. Estão aptos a votar os sócios em dia, pela internet (www.votainter.com.br) ou no Ginásio Gigantinho, das 9h às 17h.
Futebol
Pedro Affatato - Esse modelo novo pelo qual o clube será gerido (Conselho de Gestão) terá que se expandir para dentro do futebol. O clube como um todo já vem sendo gerido desta forma, e tudo o que a gente faz já está sendo alinhado com o nosso planejamento estratégico. O foco de qualquer gestão que venha a partir de agora tem que vir com um modelo diferente. O atual, com duas pessoas comandando o futebol ou o clube, está errado, e a prova está aí. Caindo ou não para a segunda divisão, muita coisa tem que mudar no futebol.
Marcelo Medeiros - Independentemente do cenário, na Série A ou B, nosso plano é retomar a eficiência. Em 2014, tínhamos uma grande confiança no grupo, comissão técnica, e sabíamos que, dando continuidade, iríamos conquistar títulos à altura do planejado. O processo democrático interrompeu o trabalho. Precisamos voltar a ter um investimento na profissionalização do clube, do departamento de futebol, com gestores preparados, profissionais de apoio, nas categorias de base e em todas outras áreas.
Erros
Pedro Affatato - Um clube do tamanho do Inter, com um orçamento de R$ 100 milhões anuais, não pode ser gerido por duas pessoas. Eu faço parte da gestão como vice (de finanças), e pouca interferência ou contribuição pude dar ao futebol. Por quê? São decididos através de um modelo entre o presidente e o vice de futebol. Eu não participei de muitas decisões que foram tomadas pelo atual presidente. Sequer fui voto vencido. Nossa autonomia se restringia às nossas pastas.
Marcelo Medeiros - O principal erro da gestão foi a falta de diálogo. Não é à toa que o clube, hoje, tem nove movimentos políticos disputando espaço no Conselho Deliberativo. Isso é consequência da fragmentação e de um distanciamento que os atuais líderes (Vitorio Piffero, Pedro Affatato e Luiz Henrique Nuñes) acarretaram para a comunidade colorada. A falta de empatia com a torcida faz com que a gente esteja vivendo um movimento político turbulento, tenso e dividido.
Finanças
Pedro Affatato - Vamos entregar o Inter para a próxima gestão bem melhor do que recebemos. Nossa preocupação sempre foi resgatar a confiança do mercado, e retomamos. Nos preocupamos muito em não comprometer receitas futuras e vamos atingir esse objetivo. Recebemos o clube com mais de R$ 70 milhões em dívidas e R$ 40 milhões em adiantamento de receitas. Hoje, o Inter será entregue com superávit. Pagamos em torno de R$ 89 milhões durante os últimos dois anos, deixando de investir em contratações. Não iremos comprometer os recebíveis do próximo orçamento.
Marcelo Medeiros - O Pedro (Affatato) está fazendo uma divisão no clube. Não existe departamento de futebol desassociado do financeiro, do quadro social, do marketing, da administração ou do jurídico. Desvincular o financeiro do futebol é uma tentativa de se descolar de uma gestão que teve um fracasso retumbante dentro de campo. A atual gestão recebeu valores que não estavam programados: R$ 48 milhões ao aderir ao Profut, R$ 70 milhões em empréstimos bancários, além de R$ 60 milhões das luvas pelo televisionamento. É obrigação que as contas estejam sanadas.
Série B
Pedro Affatato - Financeiramente, eu vejo um decréscimo. Nas cotas de televisão, não, mas, hoje, os nossos ativos passam diretamente pelo quadro social e por patrocínios. A gente não tem como mensurar ainda, pois não vivemos esta situação. Acreditamos que uma queda para a segunda divisão cause uma diminuição de receita, mas o fato mais negativo será em relação à autoestima dos colorados como um todo.
Marcelo Medeiros - Tem uma frase de um dos cânticos da nossa torcida que diz “estaremos contigo, tu és minha paixão”. Eu tenho certeza que é o momento de ter a franqueza e a humildade de reconhecer que o torcedor tem razão com o seu descontentamento, e procurar reagrupar todos os segmentos do clube para superar qualquer que seja o cenário. Eu tenho certeza que em 2017, a torcida seguirá ao lado do Inter.
D'Alessandro
Pedro Affatato - O D’Alessandro é um amigo que tenho no Inter, até mesmo porque foi a nossa gestão que viabilizou todos os passivos que ele tinha dentro do clube. O jogador é grato por isso. Fazia seis anos que ele vinha exercendo suas atividades e restavam pendências. Passaram algumas gestões e ninguém resolvia isso. O empréstimo (para o River Plate) se encerra no fim do ano e ele volta. Acredito que é uma pessoa extremamente importante para esse novo momento. Se formos eleitos, será uma âncora dentro desse projeto.
Marcelo Medeiros - O D’Alessandro só tem contrato até 2017 porque lá no final de 2014 renovamos com ele. Quem fez essa renovação foi eu e o Roberto Melo (ex-assessor de futebol). O D’Alessandro é um ídolo, e como tal deve ser tratado. O empréstimo dele termina, assim como a atual gestão, no dia 31 de dezembro. Foram eles que permitiram que o D’Alessandro saísse. Hoje, o torcedor argentino quer que ele continue em Buenos Aires. Se depender de nós, em janeiro ele estará de volta ao Beira-Rio.
Imagem do clube
Pedro Affatato - Vamos ter trabalho para reverter a imagem do clube, tendo em vista os últimos acontecimentos. Se não tivermos uma política que faça com que as relações com os meios sejam mais profissionais, pagaremos muito caro. Exemplo disso foi uma palavra mal usada por uma pessoa que representa o clube (o vice de futebol Fernando Carvalho, que usou a palavra “tragédia” para comparar a situação do Inter no Brasileirão com o acidente da Chapecoense). Ninguém pode falar por uma instituição, por maior que tenha representatividade, pois quem paga a conta é a instituição.
Marcelo Medeiros - Na gestão do Giovanni Luigi, entregamos um estádio remodelado, um clube classificado para a Libertadores, um time competitivo, um grupo com ídolos, que ficou a poucos pontos do líder e a um ponto do segundo colocado (no Brasileirão). Acredito que a falta de credibilidade que o Inter hoje está passando para o cenário nacional, por discursos desencontrados e erros de gestão, faz com que o torcedor não reconheça nos atuais gestores os líderes que desejavam. Vai ter que ser feito um trabalho de reconstrução para devolver ao clube a sua grandeza.
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