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Copa do Brasil

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 01:44

Um penta para encerrar 15 anos de jejum

Gremistas celebram conquista nacional na Arena

Gremistas celebram conquista nacional na Arena


JEFFERSON BERNARDES/AFP/JC
Exatos 15 anos de espera e angústia para comemorar um título de expressão nacional. E a conquista da Copa do Brasil, ontem - o primeiro título da Arena -, transformou o Tricolor no maior vencedor do torneio e trouxe consigo algumas simbologias. Depois de construir o placar elástico de 3 a 1 no Mineirão, no dia 23 de novembro, a partida foi praticamente uma contagem regressiva para soltar o grito de "é campeão". Ou melhor, desta vez, o grito foi de pentacampeão. A taça foi conduzida pelo técnico Renato Portaluppi. Antes ídolo e agora também responsável pelo maior título do clube, ele foi ovacionado como "professor Portaluppi". O jejum parecia que não ia ter fim, mas o 1 a 1 presenciado por 55.337 torcedores ainda bateu o recorde de maior público da casa gremista e devolveu o sorriso e o orgulho ao torcedor.
Exatos 15 anos de espera e angústia para comemorar um título de expressão nacional. E a conquista da Copa do Brasil, ontem - o primeiro título da Arena -, transformou o Tricolor no maior vencedor do torneio e trouxe consigo algumas simbologias. Depois de construir o placar elástico de 3 a 1 no Mineirão, no dia 23 de novembro, a partida foi praticamente uma contagem regressiva para soltar o grito de "é campeão". Ou melhor, desta vez, o grito foi de pentacampeão. A taça foi conduzida pelo técnico Renato Portaluppi. Antes ídolo e agora também responsável pelo maior título do clube, ele foi ovacionado como "professor Portaluppi". O jejum parecia que não ia ter fim, mas o 1 a 1 presenciado por 55.337 torcedores ainda bateu o recorde de maior público da casa gremista e devolveu o sorriso e o orgulho ao torcedor.
Antes de a bola rolar, não teve quem não se emocionasse com as homenagens preparadas para os jogadores e comissão técnica da Chapecoense, jornalistas e tripulação mortos na queda do avião que levava o time catarinense para Medellín, na Colômbia. Exatamente nesta quarta-feira seria disputado o jogo de volta da decisão da Copa Sul-Americana. Ao som de uma corneta, um policial militar tocou a marcha fúnebre, silenciando os torcedores presentes na Arena. No centro do gramado, jornalistas e jogadores dos dois times se intercalaram lado a lado. A torcida ainda entoou o grito que ficou conhecido mundialmente de "vamo, vamo, Chape".
O Atlético começou o confronto com mais posse de bola, procurando a jogada ofensiva. Em três oportunidades, Fábio Santos cruzou da esquerda, mas nem Júnior Urso, nem Lucas Pratto, muito menos Robinho marcaram. O Grêmio assustou com Douglas, em falta bem batida, e com Everton, que parou nas mãos de Victor.
Mesmo mantendo mais a bola nos pés, O Galo não conseguiu transpor o esquema defensivo montado por Portaluppi durante todo o decorrer do segundo tempo. Dos pés de dois equatorianos saíram dois gols nos minutos finais da partida. Aos 43, Bolaños, que acabara de entrar, pegou um rebote e abriu o marcador. Três minutos depois, Cazares acertou um chute de rara felicidade, do meio-campo, e encobriu o goleiro Grohe. Porém, nem o gol tirou o brilho da festa que já havia começado.
Grêmio 1 x 1 Atlético/MG
Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann e Marcelo Oliveira; Walace, Maicon, Ramiro (Jailson), Douglas (Bolaños) e Everton (Fred); Luan. Técnico: Renato Portaluppi.
Victor; Marcos Rocha, Erazo, Gabriel e Fábio Santos; Leandro Donizete (Cazares), Júnior Urso (Maicosuel), Rafael Carioca; Luan (Lucas Cândido), Robinho e Lucas Pratto. Técnico: Diogo Giacomini (interino).
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (Fifa/SP)

Portaluppi afirma que conquista com o Grêmio tem valor especial

Uma Arena inteira gritando o seu nome. Abraçado com a filha, o técnico Renato Portaluppi deu a volta olímpica agradecendo o apoio de toda a torcida. Prometendo que a conquista da Copa do Brasil é apenas a primeira de muitas que virão, o treinador falou do gostinho especial vivido na noite de ontem. "Com certeza é a melhor conquista. O título aqui tem um valor especial, sem desmerecer o Fluminense. Todo mundo sabe que eu sou gremista. Agora, o torcedor pode soltar o grito de campeão que estava preso na garganta há 15 anos e comemorar", desabafou.
Marcelo Grohe era um dos jogadores mais entusiasmados com o título. "Foram algumas eliminações, algumas frustrações, mas, agora, é agradecer e comemorar", se desmontou em choro o camisa 1, lembrando de muitos momentos difíceis. A festa da torcida entrou madrugada a dentro. Quem não conseguiu assistir a conquista na Arena, ocupou as principais ruas da Capital. A avenida Goethe, tradicional ponto de comemoração dos torcedores, recebeu cerca de 25 mil pessoas sedentas por festa.