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Consumo

- Publicada em 20 de Dezembro de 2016 às 23:46

Intenção de consumo das famílias permanece baixa

Nem mesmo o período festivo está alterando o cenário pessimista dos gaúchos em relação à economia

Nem mesmo o período festivo está alterando o cenário pessimista dos gaúchos em relação à economia


JONATHAN HECKLER/JC
A poucos dias do Natal, época de grande movimentação do comércio, os números que avaliam o nível de consumo no Rio Grande do Sul apresentam queda. Os indicadores de dezembro que medem o otimismo das famílias gaúchas com a economia registraram queda de 10,3% (aos 64,8 pontos) na comparação com o mesmo período do ano passado e leve aumento de 1,1% no confronto com o mês anterior. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
A poucos dias do Natal, época de grande movimentação do comércio, os números que avaliam o nível de consumo no Rio Grande do Sul apresentam queda. Os indicadores de dezembro que medem o otimismo das famílias gaúchas com a economia registraram queda de 10,3% (aos 64,8 pontos) na comparação com o mesmo período do ano passado e leve aumento de 1,1% no confronto com o mês anterior. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), divulgada ontem pela Fecomércio-RS.
"Os resultados mostraram uma nova aceleração no ritmo de queda na comparação com o mesmo período do ano anterior, interrompendo a sequência de quatro meses de desaceleração", afirmou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. Segundo ele, alguns fatores são determinantes para o recuo do ICF, entre eles, o mercado de trabalho enfraquecido, queda da renda real das famílias e permanência da taxa de juros em patamares elevados.
A baixa confiança das pessoas na manutenção de vagas no mercado de trabalho também impactou o indicador que avalia a situação do emprego, que caiu 2,4% sobre dezembro de 2015. O dado referente à situação de renda atual ficou em 60,3 pontos, com diminuição de 24,6% na comparação com dezembro de 2015.
O indicador relacionado ao nível de consumo atual (aos 45,2 pontos) teve queda de 19,6% na comparação com dezembro do ano passado. Mais uma vez a conjuntura de queda da renda real, juros altos e deterioração do mercado de trabalho explica o patamar deprimido do indicador. A avaliação referente à facilidade de acesso a crédito atingiu 58,0 pontos, com queda de 17,2% em relação a dezembro de 2015. "Ainda que a Selic tenha registrado queda nos últimos meses, a inflação também recuou, o que contribui para manter a taxa de juros real em nível elevado e o crédito caro", destacou Bohn, lembrando que os bancos também estão mais criteriosos na concessão de empréstimos.
Já o indicador referente ao momento para consumo de bens duráveis (aos 36,5 pontos) teve redução de 11,3% sobre o mesmo período do ano passado. "O consumo de bens duráveis sofre de forma especial com a crise, pois é impactado diretamente pela restrição da renda e do crédito, e esses produtos podem ter sua compra adiada", reforçou.

Preços de 10 produtos da ceia de Natal acompanham a inflação

Pernil está na faixa de produtos com menor taxa de variação, -2,12%

Pernil está na faixa de produtos com menor taxa de variação, -2,12%


FACULDADE ANHANGUERA/DIVULGAÇÃO/JC
Os 10 itens mais consumidos no Natal apresentaram elevação média de 6,77% nos preços quando comparados aos valores praticados em dezembro de 2015, percentual próximo da inflação ao consumidor medida pelo IPC-10/FGV, que subiu 6,44% em 2016. Entre os itens com as maiores altas estão: frutas cristalizadas (13,84%), tender (10,32%) e nozes (10,24%). Já as menores taxas de variação foram registradas para pernil (-2,12%), bacalhau (-0,45%) e peru (6,88%).
Mesmo com esse aumento de preços, há sempre uma maneira de tentar, na medida do possível, economizar. Uma delas é a substituição de marcas líderes, que geralmente são mais caras, por outras menos conhecidas. O economista do IBRE/FGV André Braz alerta que o ideal é não deixar para última hora a compra dos alimentosa. "Aqueles produtos que são mais bem dimensionados para uma família média e pequena, como uma ave, por exemplo, acabam primeiro. Os que deixam a compra para depois podem gastar mais porque adquirem um produto maior do que suas necessidades, o que o torna mais caro", salienta.

Comércio espera receber R$ 3,8 bi com segunda parcela do 13º salário

Noer diz que os próximos três dias serão determinantes para o setor

Noer diz que os próximos três dias serão determinantes para o setor


AVG/AGV/DIVULGAÇÃO/JC
A Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) estima que R$ 3,8 bilhões sejam injetados na economia gaúcha em dezembro com a liberação da segunda parcela do 13º salário, sendo que 70% deverão ser destinados para as compras de Natal.
"O valor é importante para que o setor tenha um bom desempenho com as vendas de final de ano. Os próximos três dias serão decisivos para que o movimento de negócios fique dentro das expectativas", diz o presidente da entidade, Vilson Noer. A previsão inicial era de que o comércio recebesse R$ 7 bilhões dos mais de R$ 12 bilhões previstos para serem injetados na economia gaúcha. Segundo Noer, o tíquete médio dos presentes deverá ficar entre R$ 50,00 e R$ 70,00.

Índice de confiança do empresário do comércio sobe 24,1%

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio cresceu 24,1% em dezembro deste ano, na comparação com dezembro de 2015, e atingiu 99,1 pontos em uma escala de zero a 200. Apesar disso, o indicador manteve-se estável em relação a novembro de 2016. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O crescimento na comparação com dezembro de 2015 foi influenciado principalmente pela avaliação mais positiva dos empresários do comércio em relação ao atual momento, que avançou 58,1%.
Os empresários estão mais confiantes em relação à economia (153,8%), ao comércio (57,7%) e ao próprio negócio (28,7%).
Eles estão mais otimistas também em relação ao futuro (23,8%), com melhoras nas avaliações sobre a economia (42,8%), o comércio (21,2%) e ao próprio negócio (12,2%) nos próximos meses.
As intenções de investimentos dos empresários também aumentaram (8,8%), já que eles esperam contratar mais funcionários (19,5%) e investir mais na empresa (7,2%). Apesar disso, houve uma queda de 1,5% na avaliação sobre se seus estoques estão adequados.