Cobre é pressionado por realização de lucros e avanço nos estoques

Os futuros de cobre operam em baixa de mais de 1% em Londres e Nova Iorque, à medida que os investidores embolsam lucros do recente rali dos metais básicos e diante de novos sinais de avanço nos estoques.

Por volta das 10h (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 1,33%, a US$ 5.565,00 por tonelada, o menor nível desde 21 de novembro.

Na Comex, a divisão de metais da bolsa mercantil de Nova Iorque (Nymex), o cobre para entrega em março tinha queda de 1,48%, a US$ 2,5265 por libra-peso, às 10h18 (de Brasília).

"Com certeza, alguns participantes do mercado estão preferindo realizar lucros, uma vez que os preços subiram de forma tão acentuada nas últimas semanas", avaliou o Commerzbank.

O cobre tem mostrado tendência de fraqueza neste mês, após embarcar num rali alimentado pela eleição de Donald Trump como presidente dos EUA, que impulsionou o metal para seu maior nível em um ano e meio. Trump promete ampliar gastos em infraestrutura, o que é considerado positivos para metais básicos.

Outro fator que pressiona o cobre é o rápido avanço nos estoques do metal, especialmente na Ásia, segundo analistas. O Barclays estima que estoques de cobre fora dos armazéns da LME estejam em 530 mil toneladas e que o total estocado cresceu mais de 8% desde a baixa sazonal atingida em outubro.

Entre outros metais na LME, o viés era igualmente negativo: o alumínio recuava 0,12%, a US$ 1.714,00 por tonelada, enquanto o chumbo perdia 1,85%, a US$ 2.197,00 por tonelada, o zinco cedia 3,48%, a US$ 2.638,50 por tonelada, o níquel diminuía 1,52%, a US$ 11.010,00 por tonelada, e o pouco negociado estanho caía 0,59%, a US$ 21.075,00 por tonelada.