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Economia

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 09:46

Mercado reduz estimativa e espera inflação dentro da margem do Banco Central

Agência Estado
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (19) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 foi de 6,52% para 6,49%. Há um mês, estava em 6,80%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,90%. Há quatro semanas, apontava 4,93%.
Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente suas projeções para a inflação neste ano. O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira (19) mostra que a mediana para o IPCA - o índice oficial de inflação - em 2016 foi de 6,52% para 6,49%. Há um mês, estava em 6,80%. Já o índice para o ano que vem permaneceu em 4,90%. Há quatro semanas, apontava 4,93%.
Esta é a primeira vez, neste ano, que os economistas projetam uma inflação para 2016 dentro da margem perseguida pelo Banco Central. O centro da meta de inflação é de 4,5%, mas a margem de tolerância é de 2 pontos porcentuais (IPCA até 6,5%). Para 2017, o centro da meta também é de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual (até 6,0%).
Entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para este ano caiu de 6,49% para 6,48%. Na prática, isso significa que estas casas também enxergam uma inflação dentro da margem já em 2016. Para 2017, a estimativa foi de 4,55% para 5,52%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de, respectivamente, 6,79% e 4,81%.
Já a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 4,88% para 4,87% de uma semana para outra - há um mês, estava em 4,94%.
Entre os índices mensais mais próximos, a estimativa para dezembro caiu de 0,52% para 0,49%. Um mês antes, estava em 0,60%. No caso de janeiro, a previsão do Focus foi de 0,62% para 0,61%, ante 0,63% de quatro semanas atrás.
No dia 9 passado, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação de novembro ficou em 0,18% - abaixo das expectativas do mercado e da taxa de 0,26% de outubro. O resultado reforçou a percepção de que o Comitê de Política Monetária (Copom), em sua reunião de janeiro, vai acelerar os cortes da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 13,75% ao ano.
O próprio BC já havia passado indicações neste sentido ao publicar a ata do encontro do fim de novembro do comitê. No início de dezembro, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que um corte maior dos juros pode ser "o primeiro passo no ano que vem".
O Relatório de Mercado Focus mostrou mudanças nas projeções para os preços administrados. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador em 2016 foi de alta de 6,00% para avanço de 5,95%. Para o próximo ano, a mediana foi de elevação de 5,41% para alta de 5,50%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 6,07% para os preços administrados em 2016 e elevação de 5,30% em 2017.
Nas projeções atuais, o BC espera alta de 5,5% para os preços administrados em 2016, de 5,9% para 2017 e de 5,3% para 2018.

Alta do PIB de 2017 recua de 0,70% para 0,58%, prevê Focus

O Relatório de Mercado Focus desta semana indicou manutenção nas projeções de atividade para 2016 e mudança, para pior, nas estimativas para 2017. A mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 seguiu em retração de 3,48%. Há um mês, a perspectiva era de recuo de 3,40%.
Na semana passada, o Banco Central informou que seu índice de atividade (IBC-Br) recuou 0,48% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação ao mesmo mês de 2015, o indicador desabou 5,28% na série sem ajuste. O resultado, na visão de alguns economistas, reforçou a expectativa de que a economia volte a crescer apenas em 2017. Em comunicações recentes, o próprio BC citou uma atividade econômica "aquém do esperado no curto prazo".
Para 2017, porém, o Focus mostra que a percepção piorou. O mercado prevê para o País um crescimento de 0,58% no próximo ano, abaixo do 0,70% projetado uma semana antes. Há um mês, a expectativa era de 1,00%. Em suas projeções, o Ministério da Fazenda trabalha com a estimativa de crescimento de 1,00% para o próximo ano.
No relatório Focus desta segunda, as projeções para a produção industrial também indicaram um cenário difícil. A queda prevista para este ano passou de 6,68% para retração de 6,72%. Para 2017, a projeção de alta da produção industrial seguiu em 0,75%. Há um mês, as expectativas para a produção industrial estavam em recuo de 6,02% para 2016 e alta de 1,11% para 2017.
No início de dezembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial em outubro caiu 1,1% ante setembro e desabou 7,3% em relação a outubro do ano passado.
Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para este ano permaneceu em 45,20% no Focus. Há um mês, estava em 44,90%. Para 2017, as expectativas no boletim Focus foram de 51,00% para 50,75%, ante projeção apontada um mês atrás de 49,90%.
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