Dow Jones e S&P 500 têm novo recorde de fechamento

As bolsas de Nova Iorque fecharam com ganhos acentuados nesta quarta-feira, 7, com o Dow Jones e o S&P 500 em novos recordes de fechamento, em dia de otimismo com a reunião do Banco Central Europeu (BCE) e um movimento técnico dos investidores em busca de setores que pagam dividendos mais altos.

O índice Dow Jones terminou em alta de 1,55%, aos 19.549,62 pontos; o Nasdaq ganhou 1,14%, aos 5.393,76 pontos, e o S&P 500 teve valorização de 1,32%, aos 2.241,35 pontos. O setor de transportes atingiu seu nível mais alto durante as negociações desde 2014. Desde 8 de novembro - quando aconteceu a eleição presidencial nos EUA -, os transportes subiram mais de 12%.

Todos os setores subiram, com exceção o de saúde, tornando o melhor dia de ganhos desde a vitória surpresa de Donald Trump no mês passado. O Dow Jones alcançou seu 12º recorde desde a eleição e seu 21º recorde no ano. Os ganhos ocorreram apesar da queda acentuada das ações de empresas do setor de saúde, que sofreram após o presidente eleito nos EUA, Donald Trump, dizer que quer reduzir os preços dos medicamentos.

A reunião de política monetária do BCE amanhã tem gerado expectativa grande nos investidores, que aguardam com ansiedade o possível anúncio da extensão do programa de compra de ativos por, pelo menos, seis meses. O programa, no valor de US$ 80 bilhões por mês, está previsto para terminar em março. Os bancos, assim como na Europa, foram beneficiados, com o Goldman Sachs em alta de 1,58% e o Bank of America com ganho de 1,85%.

O S&P 500 apagou as perdas anteriores ao subir mais de 1%, impulsionado pelo setor de telecomunicações, que encerrou com ganhos superiores a 2%. Os rendimentos dos títulos do Tesouro recuaram em um movimento de correção das recentes altas e, por causa disso, os investidores que procuram renda compraram ações que pagam dividendos altos, como as empresas dos setores imobiliário, telecomunicações e Utilities (serviços públicos). Os três setores terminaram com valorizações de 2,21%, 2,36% e 1,21%, respectivamente.

Entre os indicadores do dia, os Estados Unidos abriram 5,5 milhões de postos de trabalho em outubro, segundo a pesquisa JOLTS, divulgada pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho do país. O resultado representa um leve avanço na comparação com os 5,486 milhões de postos abertos em setembro e também acima dos 5,383 milhões de postos criados em outubro de 2015.

Além disso, o crédito ao consumidor nos Estados Unidos cresceu US$ 16,02 bilhões em outubro, liderado pela categoria que inclui empréstimos estudantis e automóveis. O resultado divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ficou abaixo da previsão dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal, que era de um avanço de US$ 18,3 bilhões.