Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 05 de Dezembro de 2016 às 19:29

Cautela com cenário político persiste e Bovespa fecha em baixa de 0,80%

Agência Estado
A Bovespa não acompanhou a melhora de humor vista nos demais mercados domésticos e operou majoritariamente em queda nesta segunda-feira (5). Do mesmo modo, o desempenho contrariou o sinal positivo visto nas ações no exterior. Profissionais da área de renda variável afirmaram que, a despeito de as manifestações contra o governo no domingo terem poupado a figura do presidente Michel Temer, e de este ter reafirmado sua confiança no ministro Henrique Meirelles, de modo geral, a instabilidade política segue inspirando cautela, o que também pode ser comprovado pelo volume financeiro fraco desta sessão. Internamente, Petrobras e bancos recuaram, enquanto Vale e siderúrgicas fecharam em alta.
A Bovespa não acompanhou a melhora de humor vista nos demais mercados domésticos e operou majoritariamente em queda nesta segunda-feira (5). Do mesmo modo, o desempenho contrariou o sinal positivo visto nas ações no exterior. Profissionais da área de renda variável afirmaram que, a despeito de as manifestações contra o governo no domingo terem poupado a figura do presidente Michel Temer, e de este ter reafirmado sua confiança no ministro Henrique Meirelles, de modo geral, a instabilidade política segue inspirando cautela, o que também pode ser comprovado pelo volume financeiro fraco desta sessão. Internamente, Petrobras e bancos recuaram, enquanto Vale e siderúrgicas fecharam em alta.
O Ibovespa recuou 0,80%, encerrando com 59.831,72 pontos. Na mínima, marcou 59.635 pontos (-1,13%) e na máxima, 60.720 pontos (+0,67%). Com o resultado de hoje, as perdas em dezembro foram ampliadas para 3,35%. Em 2016, contudo, os ganhos são de 38,02%. O volume hoje foi de R$ 6,198 bilhões.
As preocupações em torno do quadro político e suas consequências para a economia já combalida foram o argumento central dos analistas, que tiveram certa dificuldade para explicar o que foi o mercado de ações, que hoje operou de certa forma descolado da tendência do câmbio e da renda fixa. "A bolsa está refletindo esta situação política ruim, que bate na economia e coloca os ministros em risco", disse o gerente da Mesa Bovespa da H. Commcor, Ari Santos, lembrando que a semelhança da trajetória de Meirelles com o antecessor, Joaquim Levy, é "cada vez maior".
Segundo a coluna da jornalista do Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) Vera Magalhães, a delação de executivos da Odebrecht deve implicar ao menos sete ministros de Michel Temer e o próprio será citado nas delações de Marcelo Odebrecht e de mais ao menos dois executivos da empreiteira, por doações eleitorais negociadas diretamente por ele. Além disso, no front econômico, a fritura de Henrique Meirelles, na qual Temer tentou jogar água no fim de semana, não deve cessar, de acordo com a coluna.
As ações da Petrobras recuaram. Analistas confirmam que o fato de a estatal ainda não ter divulgado reajuste em alta nos preços internos está incomodando e gerando dúvidas sobre a autonomia, de fato, na política de preços. Petrobras PN caiu 1,07% e Petrobras ON, -3,38%. Em Wall Street, o barril WTI para janeiro na Nymex subiu 0,21%, para US$ 51,79.
O setor financeiro teve um dia de perdas, mas o principal papel do índice à vista, Itaú Unibanco PN (-0,35%) teve o desempenho "menos ruim" em relação aos seus pares. Banco do Brasil caiu 1,91% e Santander Unit, -1,09%.
Na ponta oposta, Vale e siderúrgicas seguiram em trajetória ascendente, dada mais uma alta, de 0,5%, no preços do minério nos portos da China. Vale ON, que em poucas sessões de dezembro tem alta de mais de 6% acumulada, avançou 0,37%. Vale PNA, +0,80%. Usiminas PNA subiu +1,76% e Gerdau PN, +1,16%.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO