Aplicativo do Tesouro Direto dificulta fazer investimento

O investidor fará melhor se continuar usando o site do Tesouro ou programas para celular oferecidos pelas corretoras (como Easynvest, Rico, Clear e XP) do que migrar para o aplicativo do Tesouro Direto, que entrou no ar neste fim de semana. A reportagem testou o app, logo após o lançamento, exclusivamente para smartphones com sistema Android - ainda não há previsão para o sistema iOS.

O gráfico inicial, que mostra os investimentos realizados no Tesouro, é maior que a tela, o que dificulta a visualização mais básica mesmo em um telefone de tela grande (o teste foi feito em um Zenfone Selfie, com 5,5 polegadas, mesmo tamanho do iPhone 7 Plus). Pior ficará a visualização de quem tem aparelhos menores.

O principal defeito, no entanto, vem no momento mais crucial: escolher o investimento. É impossível visualizar o título, a remuneração e escolher quanto será investido sem precisar rolar a tela, mesmo que o celular esteja em posição horizontal. Isso porque o aplicativo apenas reproduz no celular a mesma tela do site em todas as funcionalidades. O app falha, portanto, em oferecer um serviço responsivo (que se adapta a qualquer tamanho de telefone), efetivamente capaz de facilitar o investimento a qualquer momento.

A partir de hoje, os investidores que aplicam em títulos públicos pelo Tesouro Direto terão novos horários de compra e venda de papéis. A mudança afeta mais de 1 milhão de poupadores que utilizam a plataforma. Agora, aplicações e resgates poderão ser feitos apenas em horário comercial, das 9h30min às 18h, de segunda a sexta-feira. Entre as 18h e as 5h e nos fins de semana, será possível apenas programar operações.