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JC Contabilidade

- Publicada em 21 de Dezembro de 2016 às 15:48

A volta do crescimento do País passa pela desburocratização

Cosentino diz que ferramenta vai além da entrega de obrigações

Cosentino diz que ferramenta vai além da entrega de obrigações


CERTISIGN/DIVULGAÇÃO/JC
Roberta Mello
A crise econômica e política tem reflexos sobre a saúde das empresas. Em 2015, aproximadamente 1,8 milhão de empresas encerraram as suas atividades, de acordo com a consultoria Neoway. Porém, não é apenas a crise que dificulta o andamento das empresas aqui no Brasil.
A crise econômica e política tem reflexos sobre a saúde das empresas. Em 2015, aproximadamente 1,8 milhão de empresas encerraram as suas atividades, de acordo com a consultoria Neoway. Porém, não é apenas a crise que dificulta o andamento das empresas aqui no Brasil.
A burocracia exagerada para diversas atividades é um dos principais entraves para que muitas cresçam e gerem mais empregos, o que daria à população mais poder aquisitivo e, consequentemente, faria a economia girar de maneira positiva, defende o vice-presidente da Certisign e presidente da Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD), Julio Cosentino. A boa notícia é que esse cenário, felizmente, está começando a mudar.
Para facilitar a recuperação através do acesso ao crédito e da modernização das organizações, desde o final de 2015, as empresas que se enquadram no Simples Nacional precisam ter certificado digital para entregar a GFIP e o eSocial. Em janeiro de 2017, aqueles empregadores que possuem mais de três funcionários passaram a ter de usar.
Cosentino ressalta que o certificado digital não serve apenas para entrega de obrigações. "É uma ferramenta de gestão de negócio que desburocratiza processos. Com ele, imagine só, um contrato pode ser firmado durante um fim de semana na praia, com toda comodidade", define.
Contabilidade - O panorama dos negócios se mostra bastante retraído. Por outro lado, esse ambiente nunca esteve tão transparente e preparado para crescer, com novas tecnologias e setores voltados à melhoria da gestão empresarial. Você avalia que a volta do crescimento irá realmente acontecer em curto ou médio prazo graças a que fatores?
Julio Cosentino - O Brasil, infelizmente, vem passando por um período conturbado - tanto na economia quanto na política. É fato que, para sair de uma recessão é preciso que todos os setores e órgãos trabalhem na mesma direção. A estagnação tende a se reverter, lentamente, mas, como já disse, é preciso que o governo e as empresas se unam e vejam os melhores caminhos para fazer tudo isso, no mercado interno e externo.
Contabilidade - Como o certificado digital pode ajudar a desburocratizar os processos internos das empresas?
Cosentino - De inúmeras formas. O certificado digital é um documento de identidade no meio eletrônico. A cada uso é gerada uma assinatura digital que tem o mesmo valor jurídico da manuscrita, assegurado pela legislação brasileira. Isso significa que os processos realizados no meio físico podem ser realizados tranquilamente e com segurança no meio eletrônico. Com apenas um certificado, o dono pode desfrutar de múltiplos serviços. Em todos os processos de uma empresa nos quais é necessário ter a garantia da autenticidade e assinatura digital, o certificado pode ser inserido, transformando um processo físico em eletrônico. Trata-se de uma tecnologia totalmente integrável que facilmente pode ser inserida em sistemas novos e legados. A consequência é mais agilidade no dia a dia das empresas, transparência, redução de custos e sustentabilidade.
Contabilidade - E para acessar créditos ou outros investimentos mais facilmente.
Cosentino - Sim, o certificado digital, como expliquei, identifica no meio eletrônico e, por isso, permite que diversos serviços sejam realizados no digital com segurança. Um deles é o crédito digital, uma linha criada pelo governo de São Paulo para pequenas e médias empresas.
Contabilidade - O número de empresas utilizando certificado digital é satisfatório?
Cosentino - Atualmente, temos no Brasil mais de 7 milhões de certificados ativos. Percebo que por conta dos atributos do certificado a obrigatoriedade do uso dele cresce a cada ano, mas não é só isso. A cada dia, mais e mais pessoas estão tomando conhecimento dos benefícios da tecnologia e estão adotando-a para desburocratizar processos, ter mais transparência, diminuir o uso do papel, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional.
Contabilidade - Em 2017, esse número deve aumentar?
Cosentino - Sim, inclusive porque em janeiro de 2017, as empresas que se enquadram no Simples Nacional e que têm mais de três funcionários precisarão ter certificado digital válido para entregar a GFIP e o eSocial. Além disso, estou otimista de que o Brasil irá começar a apresentar sinais de recuperação econômica. Uma vez que isso ocorra, novas empresas surgirão e outras terão mais fôlego para investir na adoção da tecnologia.
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