Em tempo de liderança na sessão desta quinta-feira da Câmara de Porto Alegre o vereador Eng. Comassetto (PT) criticou o acordo formado por algumas bancadas do Legislativo que exclui petistas do rodízio para presidência da Casa. O parlamentar classificou a medida como um golpe e afirmou que o parlamento entraria "nas páginas da corrupção" caso aprovasse a proposta.
"Querem que todas as direções sejam de um único partido em um único ano, o que acaba com o processo de identidade democrática e a fiscalização", entende Comassetto. Sofia Cavedon (PT) já havia utilizado o tempo de liderança para reclamar da situação.
O PT está entre as quatro maiores bancadas da Câmara, com quatro vereadores, o que garantiria um ano na presidência da Casa caso fosse seguido o acordo utilizado nas últimas legislaturas. No entanto, uma articulação do DEM, que possui apenas dois parlamentares, com siglas menores pode garantir maioria de votos para uma chapa formada por PMDB, PTB, PP e DEM.
Se a proposta discutida nos bastidores da Casa for aprovada, em 2017 a presidência será de Valter Nagelstein (PMDB), seguido por Elizandro Sabino (PTB), João Carlos Nedel (PP) e Reginaldo Pujol (Dem).