A Cettraliq teve suas atividades suspensas pela Fepam no dia 10 de agosto por ser a suposta culpada pelo mal odor da água potável de Porto Alegre, o problema seria causado pela “emissão de odores fora dos limites da sua planta”. Em nota, a direção da empresa julga a decisão absurda, pois não há nenhuma prova dessa suspeita e porque os odores dentro da planta em nada se parecem com os odores percebidos no bairro em que está localizada. A Justiça determinou a retirada dos 2.600 metros cúbicos de efluentes que permaneciam na planta da empresa. O prazo de 50 dias começou a correr no dia 5 de outubro.
A empresa Essencis, que tem várias centrais de tratamento em todo o país, será a destinatária dos efluentes da Cettraliq. A unidade de Joinville está recebendo as cerca de 80 cargas de caminhão com os efluentes para tratamento. Para transportar os resíduos até Joinville, a Cettraliq negociou a autorização com a Essencis (para verificação de capacidade técnica para tratamento), com a Fepam (que autoriza e acompanha a retirada dos efluentes da empresa e autoriza o transporte até a divisa com Santa Catarina) e com a Fatma (Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina), órgão estadual responsável pelo setor que acompanha a central de tratamento da Essencis e que autoriza o transporte desde a divisa dos dois Estados até Joinville.
Como o prazo de 50 dias dado pela justiça já foi extrapolado, se encerrou quarta (23), a empresa solicitou na justiça a aprovação de um novo plano de remoção, e ainda pediu que, caso seja aprovado, a data de extensão retroaja à data do protocolo do pedido, evitando que a empresa tenha de pagar multa. A justiça deve manifestar-se sobre a extensão do prazo nos próximos dias.