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Geral

- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 20:37

Obras do novo complexo do Hospital de Clínicas ultrapassam 50%

Vista do heliponto, no Anexo 1, com o prédio atual do Hospital de Clínicas ao lado

Vista do heliponto, no Anexo 1, com o prédio atual do Hospital de Clínicas ao lado


FREDY VIEIRA/JC
Patrícia Comunello
Do piso onde será o heliponto do anexo 1 do novo complexo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o prédio principal erguido há quase 50 anos parece muito menor. Uma possível explicação para isso é que as obras físicas, que atingiram pouco mais de 50% da execução dos dois novos anexos, roubam a cena na paisagem da região pelo movimento intenso do sobe e desce de elevadores de carga e trabalhadores instalando materiais. O empreendimento também é gigante em detalhes, peculiaridades e evolução da montagem, o que também reforça a supremacia sobre o mais antigo. O complexo do HCPA deve ser concluído em dezembro de 2018, com operação plena em 2019, segundo a direção.
Do piso onde será o heliponto do anexo 1 do novo complexo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), o prédio principal erguido há quase 50 anos parece muito menor. Uma possível explicação para isso é que as obras físicas, que atingiram pouco mais de 50% da execução dos dois novos anexos, roubam a cena na paisagem da região pelo movimento intenso do sobe e desce de elevadores de carga e trabalhadores instalando materiais. O empreendimento também é gigante em detalhes, peculiaridades e evolução da montagem, o que também reforça a supremacia sobre o mais antigo. O complexo do HCPA deve ser concluído em dezembro de 2018, com operação plena em 2019, segundo a direção.
No primeiro tour da imprensa pelas obras, a direção do hospital confirmou nesta quinta-feira o plano de concluir em dois anos. A meta inicial era no fim de 2017. O cronograma sofreu atraso, explica o presidente do HCPA, Amarilio Vieira Macedo Neto, devido ao impasse na transferência de árvores que estavam no terreno, que durou seis meses, e o ritmo de liberação de recursos pela União. O projeto começou a tramitar em 2009. Neto diz que a obra consumiu até agora R$ 220 milhões e que faltam entre R$ 260 milhões e R$ 270 milhões. Estes valores já embutem atualização prevista no contrato. Os recursos são da União.
"No orçamento para 2017, estão garantidos R$ 140 milhões, precisaria mais R$ 130 milhões para concluir no próximo ano, que é difícil imaginar que teremos", pondera Neto. Para ele, o fluxo mensal de repasses se mantendo é o que interessa. "São R$ 11 milhões a R$ 12 milhões e conseguimos manter estes valores." São 600 operários, número que poderia chegar a mil com mais verbas. O presidente descarta que possa haver interrupção de recursos. "A obra que começou com a presidente Dilma Rousseff e continua no novo governo, perpassando uma disputa política, vale mais a política de estado", alivia-se o presidente, que se despede do cargo no fim de dezembro.
Outra questão que começa a despontar é a necessidade de atualizar os valores da prefeitura, Estado e Ministério da Saúde repassados para custear o atendimento. Hoje soma R$ 178 milhões anuais, mas deveria ser de pelo menos mais R$ 36 milhões, compara o presidente. O novo complexo que elevará em 70% a capacidade de assistência do hospital-escola exigirá mais custeio, avisa. Sobre isso, Neto admite que não há definição. "Acho que não vai ter dificuldade, vamos manter o otimismo." Para o presidente, não é possível imaginar não ter condições financeiras para a operação. Serão cerca de mil profissionais a mais. A relação é de cinco trabalhadores por leito, que acaba sendo mais em função de ser um hospital-escola. A instituição soma cerca de 6 mil funcionários, que envolvem gasto anual de mais de R$ 600 milhões. Segundo Neto, não foram feitos ainda contatos com o futuro prefeito da capital, Nelson Marchezan Júnior.  
A emergência será um dos locais mais contrastantes na ampliação. A área passa de 1,7 mil metros quadrados para 5,159 mil metros quadrados. Outras áreas que dobram de tamanho são a CTI. Neto destacou, ao caminhar pela estrutura, que a expansão vai significar melhoria de atendimento. Uma das mudanças será na gestão do fluxo de pacientes. Haverá separação entre pacientes mais graves, que serão cuidados no anexo maior, quase conectado hoje ao prédio principal do HCPA. Pacientes ambulatoriais serão atendidos no segundo anexo, que terá acesso pela avenida Protasio Alves. "Hoje isso não existe, essa separação, por isso todo mundo circula pela porta e corredores, gerando mais ruído e prejudicando até o controle de infecção hospitalar. Ou seja, teremos ganhos além de mais leitos e atendimentos", ressaltou o presidente. 
A CTI é um dos setores que mais trará mudanças na forma de cuidados, além da ampliação. Hoje são 50 e passa a 110 leitos em dois andares (sexto e sétimo andares). "Todos os leitos têm janela, iluminação natural. Isso afeta muito o tratamento. Dá uma qualidade e humanização", destaca o engenheiro responsável pela obra, Fernando Martins Pereira da Silva. A infraestrutura, que envolve cabeamentos para rede elétrica, de telefonia, de transmissão de dados e até oxigênio, ainda está à mostra, num emaranhado de canaletas e dutos. Na áreas de sala de cirurgia, estão detalhes com elevada integração, que elimina cabeamentos, torna ambiente mais livre e há ainda um sistema de filtros do ar (fan filter) que fica no teto para elevar a assepsia e renovação do ar devido á maior circulação. 
As novas áreas do Clínicas:
  • Leitos: serão 150 novos (o HCPA tem hoje 845 vagas, 10% atendem convênios). 
  • Emergência: sobe de 1,7 mil metros quadrados para 5,159 mil metros quadrados
  • Bloco cirúrgico/centro cirúrgico ambulatorial: passa de 28 para 41 salas
  • CTI: 54 para 110 leitos
  • Recuperação pós-anestésica: 22 para 90 leitos
  • Estacionamento: 722 vagas novas (situadas em dois níveis do subsolo)
  • Tamanho: Anexo 1 tem nove pavimentos e dois níveis de subsolo, e o Anexo 2 são sete pavimentos e dois níveis de subsolo. Tem heliponto 
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