Os principais índices acionários de Nova Iorque ficaram próximos das suas cotações mínimas do dia, nesta quarta-feira, 30, revertendo os ganhos registrado ao longo da sessão perto do horário de fechamento. O recuo desta quarta-feira, no entanto, não representa o que aconteceu ao longo de todo o mês de novembro, quando Wall Street bateu seus próprios recordes em sequência.
O índice Dow Jones ficou praticamente estável, em ligeira alta de 0,01%, aos 19.123,58 pontos. Já o S&P 500 fechou em queda de 0,27%, na pontuação mínima do dia de 2.198,81, enquanto o Nasdaq caiu 1,05%, para 5.323,68 pontos. No mês, o Dow Jones acumula alta de 5,30%, o S&P 500 de 3,40% e o Nasdaq de 2,57%. O S&P 500 teve o melhor mês desde março, depois de atingir níveis recordes, com o setor de energia sozinho chegando a liderar os ganhos com mais de 5%.
As companhias ligadas ao petróleo foram puxadas hoje pelo acordo de congelamento na produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). O congelamento em 32,5 milhões de barris diários vem acompanhado de um corte de 1,2 milhão na média, que foram muito bem recebidos pelo setor saturado. A Chevron, por exemplo, avançou 2,03%.
A quarta-feira também teve a divulgação do Livro Bege pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), um documento que trata das condições econômicas do país e serve de base para as decisões de política monetária. Ele apresentou uma demanda mista por produtos manufaturados e, após sua publicação, o S&P 500 inverteu o sinal e o Nasdaq acelerou as perdas. O último já caía antes da divulgação do documento, pressionado por recuos nas ações das principais empresas listadas no índice, como Facebook, Amazon e Google.
Mesmo com a queda de hoje, todos os índices de Nova Iorque acumularam ganhos em novembro.
As bolsas entraram cambaleantes no mês de novembro, com os investidores vendendo ativos mais arriscados e comprando outros mais seguros, como títulos de dívida e ouro. O Dow Jones chegou a acumular sete sessões consecutivas de queda, e o S&P 500 nove. A surpreendente vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, disparou um breve movimento de venda, que foi contido e revertido no mesmo dia em que saíram os resultados do pleito, em 8 de novembro. Desde então, as bolsas tiveram ralis em sequência.
Os investidores procuraram ações de bancos, indústrias e pequenas companhias e, ao mesmo tempo, de desfizeram de títulos. O movimento foi justificado pela expectativa de que Trump eleve os gastos fiscais e diminua a regulação bancária, além de investir mais em infraestrutura.