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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2016 às 14:07

Meta é conquistar 10% do varejo de alta renda com plataforma digital, diz BTG

Agência Estado
O BTG Pactual lançou sua nova plataforma de investimento digital. O processo de abertura de conta, segundo a instituição, será 100% online e os clientes poderão investir em fundos, produtos de renda fixa e planos de previdência privada. Na mira está o varejo de alta renda.
O BTG Pactual lançou sua nova plataforma de investimento digital. O processo de abertura de conta, segundo a instituição, será 100% online e os clientes poderão investir em fundos, produtos de renda fixa e planos de previdência privada. Na mira está o varejo de alta renda.
A meta é de que em três a cinco anos o BTG abocanhe 10% desse segmento, destaca o presidente executivo do BTG, Roberto Salloutti. Esse mercado hoje, segundo o executivo, é de R$ 650 bilhões em ativos e de cerca de seis milhões de contas.
O BTG destaca que os clientes que utilizarem a plataforma terão acesso a produtos de perfil mais conservador, moderado ou arrojado. O banco frisa ainda que os clientes poderão aplicar nos mesmos fundos que são oferecidos aos clientes de wealth management, área do banco em que o investimento mínimo é de R$ 5 milhões. Além disso, as condições para o investimento, como taxas cobradas, também serão a mesma.
A remuneração dos produtos, ainda de acordo com a instituição financeira, está entre as mais competitivas do mercado. Esse projeto começou a ser desenvolvido em janeiro de 2014. "Pensamos que essa era uma maneira de expandirmos o universo de distribuição de nossos produtos", destaca o presidente do BTG.
Segundo Marcelo Flora, que esta à frente do BTG Pactual digital, a proposta da plataforma é ainda "fazer uma curadoria" dos produtos oferecidos. "Só queremos oferecer aquilo que faz sentido", disse. A plataforma nasceu, disse, como uma 'start up' dentro do BTG Pactual.
Hoje estão sendo oferecidos aos clientes fundos do próprio BTG, além de CDBs e letras financeiras do próprio banco. Esse será o foco do BTG neste momento, segundo Flora. Por outro lado, ele disse que a plataforma está pronta para oferecer produtos de terceiros. "Mas iremos oferecer o que faz sentido e o que seja complementar", disse.
Segundo Sallouti, a ideia é colocar "algumas opções muito boas" de cada nicho de produto. Nesse momento a intenção é mapear a demanda dos clientes, sem "oferecer excesso".
A sugestão do banco é de que o investimento mínimo na plataforma digital seja de R$ 50 mil. O lançamento do produto foi possível com a resolução 4.480 do Banco Central, que regula a abertura e o encerramento de contas e depósitos por meio eletrônico.
A plataforma está rodando desde junho deste ano para "familiares e amigos" dos funcionários do BTG.
O BTG Pactual espera que a rentabilidade de sua plataforma digital de investimento seja, no futuro, mais elevada do que a sua área de gestão de fortunas. Segundo o presidente da instituição, isso ocorre porque a estrutura da plataforma digital é mais enxuta, apesar de exigir um capex no início com desenvolvimento tecnológico.
O BTG não abriu qual o valor de seu investimento na nova plataforma, mas destacou que o banco vem investindo anualmente R$ 200 milhões em tecnologia e que o capex na plataforma está dentro desse total.
Passado um ano da prisão de André Esteves, ex-controlador do BTG Pactual, a instituição financeira considera que esse fato, que levou o banco a atravessar meses se ajustando e reduzindo seu tamanho, é "página virada". "Passamos por um 'stress test' e todos nossos clientes puderam ver como nos portamos no pior momento", disse Sallouti.
O executivo reiterou que o BTG concluiu no terceiro trimestre deste ano seu processo de ajustes e que agora o banco "já voltou à normalidade". "Agora acho que teremos um legado positivo", disse.
Nesse ajuste, o banco o BTG vendeu ativos, parte de sua carteira e enxugou sua estrutura. Hoje o banco possui um farto colchão de liquidez, segundo ele.
O negócio da plataforma digital recém-lançado pelo BTG Pactual possui uma intersecção com bancos de varejo e ainda com as plataformas multiprodutos oferecidos por corretoras, disse Roberto Sallouti. A meta do banco é conquistar 10% do segmento de varejo de alta renda no Brasil, ou cerca de R$ 65 bilhões em ativos.
"Mas a nossa proposta é diferenciada. Não é tão limitada quanto bancos de varejo e não um supermercado quanto as plataformas de corretoras", disse. Segundo o executivo, a plataforma nasce com a característica de oferecer produtos pré-selecionados e dar apenas boas alternativas para os clientes da plataforma.
"Usaremos nosso conhecimento de banco de investimento. Não queremos que o cliente se confunda com excesso de oferta, mas sim com produtos pré-selecionados, fáceis e simples de aplicar", disse.
Para chegar ao público, o BTG lança uma campanha de mídia, que começará a ser veiculada a partir da próxima quinta-feira.
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