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Economia

- Publicada em 11 de Novembro de 2016 às 18:30

Petróleo fecha em queda após Opep registrar produção recorde em outubro

Estadão Conteúdo
Os preços do petróleo chegaram à sua terceira sessão seguida de queda nesta sexta-feira (11), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informar que a produção de outubro bateu outro recorde, o que adicionou mais preocupação sobre o excesso de oferta e gerou ainda mais dúvida se um acordo para limitar a produção será possível ou suficiente para conter o excesso de oferta no mercado.
Os preços do petróleo chegaram à sua terceira sessão seguida de queda nesta sexta-feira (11), após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informar que a produção de outubro bateu outro recorde, o que adicionou mais preocupação sobre o excesso de oferta e gerou ainda mais dúvida se um acordo para limitar a produção será possível ou suficiente para conter o excesso de oferta no mercado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de US$ 1,25 (2,79%), a US$ 43,41 por barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o Brent para dezembro caiu US$ 1,09 (2,37%), a US$ 44,75 por barril.
A Opep elevou sua produção em outubro mesmo com a promessa de finalizar, no final deste mês, um acordo para cortar a produção de seus países membros na tentativa de estabilizar os preços da commodity.
A produção dos países que integram o grupo subiu 240 mil barris por dia (bpd) em outubro, para 33,64 milhões de bpd, afirmou o cartel em relatório mensal publicado hoje. Os ganhos foram liderados por Nigéria, Líbia e Iraque.
Como resultado, a produção da Opep ficou bastante acima do limite superior previsto pelo acordo preliminar feito em Argel, em setembro. O número salienta o desafio que os países membros enfrentarão ao tentar implementar o acordo em 30 de novembro, em Viena. O objetivo é um limite entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, mas, como os preços caíram nas últimas semanas, reduzir a esse número parece menos atingível. Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) já tinha informado recorde na produção.
"Todo mundo está bombeando o máximo que eles podem agora", disse Tariq Zahir, que supervisiona a Tyche Capital Advisors. Sua empresa tem lucrado nas últimas semanas com apostas espalhadas que se beneficiam da queda dos preços, disse ele. "Todos estão céticos de que um acordo vai ser feito."
A tarefa do cartel de petróleo de enxugar o mercado de petróleo é dificultada por produtores rivais - incluindo o Brasil, Canadá, Casaquistão e Rússia - que também elevaram a produção.
Os analistas estimam que a produção de petróleo da Rússia subiu 420 mil barris por dia em outubro, em comparação ao mesmo período do ano passado, mas o país mostrou vontade de cooperar em uma ação de fornecimento. O ministro russo da Energia, Alexander Novak, disse na quinta-feira que Moscou poderia congelar a produção de petróleo em novembro e disse que o país ainda prefere congelar do que cortar a produção, segundo agências de notícias estatais. Vale lembrar que o país não conseguiu cumprir acordos semelhantes no passado.
Além disso, analistas alertam que as perspectivas não são muito boas, uma vez que a eleição de Donald Trump como o próximo presidente dos EUA também aumentou a incerteza no mercado de petróleo. Trump se comprometeu a afrouxar as restrições sobre a produção de petróleo dos EUA, o que poderia aumentar a produção, enviar os preços mais para baixo e complicar o papel da Opep no mercado de petróleo.
Hoje também foi divulgado que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos subiu 2, para 452, na última semana, segundo a Baker Hughes. Na comparação anual, o número representa uma queda de 122. 
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