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Economia

- Publicada em 09 de Novembro de 2016 às 19:33

Escolha de Candido Bracher foi natural e consenso, diz Roberto Setubal

Agência Estado
A escolha de Cândido Bracher para assumir a presidência do Itaú Unibanco foi natural e consenso, de acordo com o atual presidente do banco, Roberto Setubal. Segundo ele, qualquer outra pessoa escolhida desconheceria alguma área do banco.
A escolha de Cândido Bracher para assumir a presidência do Itaú Unibanco foi natural e consenso, de acordo com o atual presidente do banco, Roberto Setubal. Segundo ele, qualquer outra pessoa escolhida desconheceria alguma área do banco.
"Eu também não conheço tudo do banco, mas temos pessoas capacitadas. A transição será de seis meses. Candido poderá ter uma visão atualizada do banco", afirmou Setubal, em coletiva de imprensa.
O executivo disse que as mudanças anunciadas nesta quarta-feira, 9, fortalecem a governança corporativa do banco, que tem muito bem definido o papel do acionista, do conselho de administração e do comitê executivo.
"Foi um processo enriquecedor e deixa o banco muito preparado para as etapas que estão por vir", destacou Setubal, acrescentando que o processo também dá mais oportunidades aos talentos do banco.
"Meu exemplo é importante para garantir que a regra é a mesma", disse Setubal. "Quem faz a regra segue", acrescentou Pedro Moreira Salles, atualmente presidente do conselho de administração do Itaú.
Questionado sobre se a forma como Bracher conduziu a área de atacado do Itaú foi um ponto a favor na escolha dele para presidir o banco, Setubal disse que foi apenas um fator. "Problemas temos todos os dias e precisamos resolver. O que importa é como reagimos", destacou.
Setubal afirmou que a aprovação para a compra do varejo do Citi no Brasil pode ser dada pelos reguladores responsáveis até maio do ano que vem, quando ele passa o bastão para Candido Bracher, hoje responsável pela diretoria de atacado da instituição. Ele afirmou que acredita que o banco não terá dificuldades em obter a aprovação e que o banco está seguindo os passos para protocolar o pedido junto ao Cade e ao Banco Central.
Em relação às agências do Citi, Setubal disse que o banco ainda não tem acesso a todas as informações do banco adquirido e que o fechamento ou transferência de clientes para agências digitais vai depender da escolha dos próprios correntistas. "Precisamos entender as preferências dos clientes do Citi. Temos mais condições de fazer uma oferta digital de serviços que o Citi tinha", afirmou ele.
Bracher afirmou que a instituição acredita que tem mais capital do que o necessário, mas que se isso for um peso para a rentabilidade, pensará em estratégias para mitigar o efeito. Dentre as possibilidades, ele citou eventuais aquisições, as que possam aparecer como as que o banco fez recentemente, como a compra da Recovery, a fatia do BMG e o varejo do Citi. "O banco tem um nível de capital muito bom, ao redor dos 14%. Hoje, temos mais do que achamos necessário para trabalhar em situação normal", afirmou Bracher.
Setubal disse que o banco tem acompanhando as incertezas regulatórias pendentes e eventuais requerimentos adicionais de capital que possam vir por conta das mesmas. "Estamos observando o andamento disso, que pode ficar mais claro o ano que vem, e só depois tomaremos decisões quanto ao capital", explicou o executivo.
Quanto ao fechamento de agências, Bracher afirmou que o banco fechou 150 agências, mas abriu 60 agências digitais. De acordo com Setubal, quem ditará o ritmo de abertura e fechamento das agências são os clientes. Ele disse ainda que a crise atual foi a mais grave que ele já viveu sob o ponto de vista de crédito. "Os dois últimos anos foram especialmente difíceis para as grandes empresas", avaliou.
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