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- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 01:00

Ano da Misericórdia?

Como surgiu a ideia do Ano Jubilar da Misericórdia? Esta pergunta foi apresentada ao Papa Francisco durante uma recente entrevista. O Papa respondeu de forma simples: "Eu não planejei. As coisas aconteceram. Eu me deixei levar pelo espírito. Tratava-se somente de ser dócil ao Espírito Santo, de deixar que Ele fizesse. A Igreja é o Evangelho, é a obra de Jesus Cristo. Não é um caminho de ideias, um instrumento para afirmá-las. Na Igreja, as coisas entram no tempo, quando o tempo está maduro, quando ele se oferece".
Como surgiu a ideia do Ano Jubilar da Misericórdia? Esta pergunta foi apresentada ao Papa Francisco durante uma recente entrevista. O Papa respondeu de forma simples: "Eu não planejei. As coisas aconteceram. Eu me deixei levar pelo espírito. Tratava-se somente de ser dócil ao Espírito Santo, de deixar que Ele fizesse. A Igreja é o Evangelho, é a obra de Jesus Cristo. Não é um caminho de ideias, um instrumento para afirmá-las. Na Igreja, as coisas entram no tempo, quando o tempo está maduro, quando ele se oferece".
A resposta do Papa à pergunta que lhe foi apresentada surpreende pela simplicidade e, ao mesmo tempo, pela profundidade. Simplicidade, pois expressa confiança na providência divina; simplicidade, porque recorda o elementar: o Evangelho como referência maior da vida da Igreja.
A misericórdia é o nome de Deus e, simultaneamente, expressão de sua "fraqueza'". Compreende o que significa fazer misericórdia quem realmente se sente amado por Deus. Deus se apressa em fazer misericórdia lá onde encontra pessoas que se deixam alcançar por seu amor e se deixam tocar por sua Palavra.
São muitas as pessoas que, tocadas pela Palavra, se dispõem ao exercício da misericórdia. Elas não pertencem somente a um credo, a uma Igreja ou expressão religiosa. Deus encontra homens e mulheres de boa vontade em muitos espaços do convívio humano.
O Evangelho é a versão da misericórdia de Deus oferecida ao ser humano de todos os tempos. Uma vez acolhido e assumido, conduz necessariamente à conversão. Quem se dispõe a fazer próprios os sentimentos que foram os de Cristo Jesus precisa adequar sua vida e o convívio àquilo que o Evangelho propõe. A não disposição para tal adequação pode levar à deturpação do próprio Evangelho. Assim, melhor se compreende por que o Papa, ao tratar do Ano Jubilar da Misericórdia, recorda que o Evangelho é a referência maior da vida da Igreja. A perda desta referência produz a distorção da mensagem.
O resgate da temática da misericórdia evidencia a razão de ser da própria Igreja: ser instrumento de comunicação da misericórdia de Deus. Assim, judeus, mulçumanos, espíritas, cristãos podem, respeitando as diferenças, encontrar um referencial seguro para juntos trabalhar em prol de um futuro melhor para todos.
Fixar-se em rigorismos, tradicionalismos, legalismos, fundamentalismos que não encontram respaldo no Evangelho coopera para alimentar a aversão, sempre presente em ambientes e setores que, talvez, encontrem dificuldades para se ocuparem verdadeiramente com o bem comum e rechacem ocasiões ou oportunidades para construir pontes, por meio das quais, é possível, sim, cooperar para a construção de dias melhores para todos, sem exceção.
"A Igreja é o Evangelho". O Evangelho é "boa nova" para todos. A Igreja tem a missão de apresentá-lo a todos, indistintamente - crianças, jovens, adultos, idosos - e em todas as situações e contextos em que se encontrem. Ouvido e acolhido, o Evangelho "gera solidariedade, justiça, reconciliação, paz e defesa de toda a criação".
O Ano Jubilar da Misericórdia, celebrado de forma particular no seio da Igreja Católica, cooperou para fomentar, com simplicidade, a consciência em torno do núcleo das religiões monoteísticas: Deus é misericórdia! Jesus Cristo, através de seu Evangelho, recorda a todos tal verdade!
As obras de misericórdia, conservadas pela tradição e apresentadas como possível caminho de participação do ser humano no modo próprio de ser de Deus, conduzem a um caminho viável de superação de toda forma de miséria humana.
Encerram-se as celebrações do Ano Jubilar da Misericórdia, mas não se encerra a disposição de homens e mulheres de boa vontade em fazer misericórdia, pois Jesus nos recorda que "é próprio de Deus usar de misericórdia".
 
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