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JC Logística

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 21:24

País vive explosão de lançamento de carros

Ford está começando a comercialização do Fusion Hybrid 2017 no mercado brasileiro

Ford está começando a comercialização do Fusion Hybrid 2017 no mercado brasileiro


FORD/DIVULGAÇÃO/JC
Enquanto a Fiat apresenta nova versão da picape Toro, a BMW inicia a montagem local do utilitário de luxo X4. Ao mesmo tempo, a Ford dá início às vendas do Fusion Hybrid 2017, a Chevrolet apresenta a sexta geração do Camaro e a Jeep enche sua rede com o Compass. Todos estes lançamentos ocorrem em um intervalo de 20 dias, dentro de um mercado que acumula queda de vendas superior a 20% no ano.
Enquanto a Fiat apresenta nova versão da picape Toro, a BMW inicia a montagem local do utilitário de luxo X4. Ao mesmo tempo, a Ford dá início às vendas do Fusion Hybrid 2017, a Chevrolet apresenta a sexta geração do Camaro e a Jeep enche sua rede com o Compass. Todos estes lançamentos ocorrem em um intervalo de 20 dias, dentro de um mercado que acumula queda de vendas superior a 20% no ano.
Até outubro, a indústria automobilística brasileira apresentou cerca de 90 veículos entre renovações, mudanças de geração e início de produção nacional. Há mais por vir: a partir desta quinta-feira, veículos que chegam às lojas neste ano serão exibidos no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo.
A explosão de lançamentos se deve à recente onda de localização de produtos, estimulada por restrições aos importados, que levaram ao programa de incentivo Inovar-Auto. A Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) calcula que os investimentos entre 2012 e 2018 chegarão a R$ 85 bilhões para atender às regras atuais. O que o setor não esperava era a queda abrupta das vendas brasileiras no meio do caminho.
"Às vezes, é complicado explicar na Europa o que se passa no Brasil, quase ninguém entende a volatilidade e as regras específicas", afirma Carlos Gomes, presidente do grupo PSA Peugeot Citroën na América Latina. Contudo, o executivo mantém a crença de que o mercado irá se recuperar: "Fizemos ajustes e estamos satisfeitos com nossas operações brasileiras e na América Latina", conta ele.
O que acontece agora é semelhante ao movimento ocorrido na segunda metade dos anos 1990: um grande número de montadoras construiu fábricas ao mesmo tempo (Honda, Renault, PSA Peugeot Citroën e Mercedes entre as principais), com benefícios em forma de isenções de impostos, acesso à crédito e recebimento de terrenos. Contudo, os primeiros anos de produção coincidiram com as crises da Ásia e da Rússia. Os juros dispararam no Brasil e travaram o setor automotivo.
Atualmente, o problema é maior. Com mais marcas produzindo no País e forte retração nas vendas, há ociosidade nas linhas de montagem. Os sinais de recuperação são mais políticos do que econômicos, pois o segundo semestre já está no fim, e a esperada recuperação nas vendas não veio.
"Eu tive a sorte de estar envolvido na crise de 2008 nos EUA. Se você perguntasse na época se haveria recuperação, não encontraríamos muitos otimistas. Sete anos depois, aquele mercado está totalmente recuperado. Temos que ter paciência aqui no Brasil, acompanhar o desenvolvimento do país", disse Sergio Marchionne, presidente mundial do grupo FCA Fiat Chrysler.
Para Marchionne, um dos caminhos da recuperação passa pelo aumento da exportação, com menos medidas protecionistas: "Nos EUA, as vendas subiram, mas a capacidade de produção encolheu. É uma oportunidade. O País precisa se abrir para o mundo ou vai pagar um preço alto".
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