Certamente, o Rio Grande do Sul está entre os estados mais violentos do País. Número insuficiente de policiais, presídios superlotados e estrutura sucateada são alguns dos fatores que integram o desequilíbrio da área de segurança pública.
Sabemos que questões como saúde e educação preocupam os gaúchos e são decisivas nas relações de igualdade de oportunidades. Quando as filas aumentam nos hospitais, o tempo de espera por atendimento e os riscos dessa demora crescem proporcionalmente. Quando alunos são privados de frequentar regularmente o colégio, seja pelos longos períodos de greve ou pela histórica falta de estrutura, diminuem as chances de eles alcançarem os mesmos índices de aprendizagem das escolas particulares. Enquanto ficamos absortos em disputas políticas, a criminalidade se multiplica sem compromisso com partidos. Os bandidos, conhecendo as limitações do nosso sistema, estão à vontade para cometer todo tipo de transgressão, levando pavor aos grandes centros e ao meio rural. A impunidade é o reflexo da falência do Estado.
Como queríamos que a sensação de insegurança fosse apenas uma invenção da imprensa. Infelizmente, os números alarmantes não deixam dúvida: ela é real. Ela não somente existe como oprime, agride e mata. Aos poucos, a liberdade do cidadão que trabalha e sustenta a máquina está sendo cerceada.
O governo precisa tomar medidas que efetivamente tirem os delinquentes de circulação e devolvam a tranquilidade à sociedade. Não podemos aceitar que mais vidas sejam roubadas e famílias destruídas.
Jornalista