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Opinião

- Publicada em 13 de Outubro de 2016 às 16:18

O autoritarismo dos conselhos regionais

Mateus Jarros
Por que associar-se ao conselho regional de sua respectiva atividade profissional? A resposta óbvia e esperada seria: para ascender em uma carreira, buscar opiniões, reuniões com profissionais qualificados, troca de experiências e demais benefícios do convívio de colegas de prática. Talvez sejam esses os interesses ao associar-se de forma voluntária a um conselho regional.
Por que associar-se ao conselho regional de sua respectiva atividade profissional? A resposta óbvia e esperada seria: para ascender em uma carreira, buscar opiniões, reuniões com profissionais qualificados, troca de experiências e demais benefícios do convívio de colegas de prática. Talvez sejam esses os interesses ao associar-se de forma voluntária a um conselho regional.
Entretanto, a associação aos conselhos de classe regionais é feita por obrigação, não escolha. Para executar certas atividades profissionais, os conselhos exigem a associação dos indivíduos às suas entidades. Ao saber disso, imagina-se que benefícios deste tipo de instituição sejam ainda maiores. Mas o que os conselhos de classe fazem é recriar um ambiente estatal coercitivo. Ressalta-se apenas um ponto: é ainda pior que o autoritarismo estatal. Diferentemente do dinheiro arrecadado com tributos, que é parcialmente gasto em benefícios e melhorias para a sociedade, o recurso pago aos conselhos de classe é gasto em assuntos que não são de interesse dos profissionais, como pesquisas de interesse apenas dos funcionários da instituição, boletins periódicos e o pior de tudo: mais burocratização na prática profissional e no resto do mercado profissional.
Milton Friedman, proeminente economista da Escola de Chicago, explicou que existem quatro maneiras de gastar dinheiro. Primeiro, quando gastamos nosso próprio dinheiro com nós mesmos. Segundo, quando gastamos o nosso dinheiro com outra pessoa. Terceiro, quando gastamos o dinheiro de outra pessoa conosco. Quarto, quando gastamos o dinheiro de uns com outros. O caso dos conselhos regionais enquadra-se nas situações 3 e 4 (as piores delas).
Facilitar a atividade profissional, manter a excelência da prática e contribuir para o dinamismo da profissão contemplam apenas o esperado para um conselho. Sem o respaldo jurídico, precisaria, portanto, oferecer muito mais para atender ao quadro atual. Manter seus membros satisfeitos e encontrar novos clientes seria como para qualquer outra instituição, uma tarefa difícil. Mais importante, não seria autoritário.
Empresário e associado do Instituto de Estudos Empresariais
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