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Internacional

- Publicada em 15 de Outubro de 2016 às 16:05

Países chegam a acordo global para reduzir uso de gases que provocam o efeito estufa

Acordo foi fechado em Kigali, na Ruanda

Acordo foi fechado em Kigali, na Ruanda


CYRIL NDEGEYA/AFP/JC
Estadão Conteúdo
Quase 200 países chegaram a um acordo, anunciado neste sábado (15) após negociações que se prolongaram por toda a noite, para limitar o uso de gases de efeito estufa que são muito mais potentes do que o dióxido de carbono. As negociações sobre hidrofluorcarbonetos, ou HFCs, são o primeiro teste da boa vontade global para reduzir emissões desde o Acordo de Paris, assinado no ano passado.
Quase 200 países chegaram a um acordo, anunciado neste sábado (15) após negociações que se prolongaram por toda a noite, para limitar o uso de gases de efeito estufa que são muito mais potentes do que o dióxido de carbono. As negociações sobre hidrofluorcarbonetos, ou HFCs, são o primeiro teste da boa vontade global para reduzir emissões desde o Acordo de Paris, assinado no ano passado.
HFCs, usados em aparelhos de ar condicionado e refrigeradores, são descritos como o poluente cujo uso vem crescendo mais rapidamente no mundo. De acordo com especialistas, reduzir o seu uso é o meio mais rápido para diminuir o aquecimento global.
Diferentemente do acordo mais amplo de Paris, este é legalmente obrigatório. Ele limita e reduz o uso de HFCs em um processo gradual que começa em 2019 com países desenvolvidos, incluindo os Estados Unidos. Mais de 100 países em desenvolvimento, como a China, o maior poluidor mundial, e o Brasil, começam a adotar medidas em 2024, quando o consumo de HFCs deve atingir seu pico.
Um pequeno grupo de países que inclui Índia, Paquistão e alguns Estados do Golfo Pérsico pressionaram e conseguiram adiar o início das ações para 2028, alegando que suas economias precisam de mais tempo para crescer.
"Foi um momento histórico, e estamos felizes de termos chegado a esse ponto em que podemos ter um consenso sobre a maioria das questões colocadas na mesa", disse o principal delegado da Índia, Ajay Narayan Jha.
Grupos ambientalistas esperavam que o acordo pudesse reduzir o aquecimento global em meio grau Celsius até o fim deste século. Este acordo representa cerca de 90% do caminho até lá, disse Durwood Zaelke, presidente do Instituto para Governança e Desenvolvimento Sustentável. Segundo Zaelke, esta é a "maior redução de temperatura já alcançada por um único acordo".
Corresponde a "interromper por mais de dois anos toda a emissão de dióxido de carbono de combustíveis fósseis no mundo", disse em comunicado David Doniger, diretor do programa de clima e ar limpo no Conselho de Defesa de Recursos Naturais.
HFCs foram introduzidos nos anos 1980s como um substituto de gases que destroem a camada de ozônio. Mas os riscos aumentaram com o crescimento das vendas de aparelhos de ar condicionado e refrigeradores em países emergentes como China e Índia.
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