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Esportes

- Publicada em 10 de Outubro de 2016 às 18:36

Ex-prefeito venezuelano diz que pagou US$ 1 milhão para ter final da Copa América

Agência Estado
A Conmebol anunciou nesta segunda-feira que vai conduzir uma investigação a respeito da denúncia de um ex-prefeito da cidade venezuelana de Maracaibo, que afirmou ter pago US$ 1 milhão em propinas a dirigentes da entidade para que seu município recebesse a final da Copa América de 2007. Segundo ele, Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, estava na reunião em que foi pedido o suborno.
A Conmebol anunciou nesta segunda-feira que vai conduzir uma investigação a respeito da denúncia de um ex-prefeito da cidade venezuelana de Maracaibo, que afirmou ter pago US$ 1 milhão em propinas a dirigentes da entidade para que seu município recebesse a final da Copa América de 2007. Segundo ele, Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, estava na reunião em que foi pedido o suborno.
O escândalo foi denunciado por Gian Carlo Di Martino, prefeito de Maracaibo entre 2000 e 2008, e um dos líderes da oposição ao então presidente Hugo Chávez. Ele contou detalhes da história ao jornal venezuelano Panorama, em entrevista que foi publicada no domingo.
De acordo com ele, a propina foi cobrada em uma reunião onde estavam Nicolás Leoz, Eugenio Figueredo (presidente e vice-presidente de Conmebol, respectivamente), Joseph Blatter (presidente da Fifa), e presidentes de diversas confederações nacionais, como do Brasil (Ricardo Teixeira), da própria Venezuela (Rafael Esquivel) e da Argentina (Julio Grondona). Com exceção de Grondona, já falecido, todos estão afastado do futebol por suspeita de corrupção. Figueredo, Esquivel e Leoz estão presos.
Estavam sentados à mesa também dirigentes da Colômbia, do Peru, do Equador e da Bolívia, o que indicaria que o suborno não era segredo para ninguém. Os presidentes da Conmebol e da Federação Venezuelana, segundo Di Martino, foram os responsáveis por decidir os valores.
Maracaibo já havia sido apontada como sede da final, mas faltava a confirmação. Nada impedia a Conmebol de mudar de ideia. Blatter foi à Venezuela exatamente para dar essa garantia. Inicialmente, o prefeito foi questionado sobre questões formais, relativas a segurança, espaço para redes de televisão, e entradas para determinadas pessoas. Depois, veio o pedido: 1 milhão de dólares.
Di Martino, sempre a partir do seu próprio relato, concordou, mas pediu dois dias. Ouviu um "não". O dinheiro teria que ser pago em 24 horas, em dólares. Empresários da cidade ajudaram a juntar a quantia - a prefeitura não tinha dinheiro norte-americano.
O ex-prefeito ainda contou que, após os jogos realizados em Maracaibo, os dirigentes da Conmebol levavam o dinheiro da venda de ingressos em jatinhos. Ele não sabe qual o destino desses voos.
Nesta segunda, a Conmebol soltou comunicado para afirmar que investigará as denúncias. "Condeno energicamente a corrupção do passado, que tanto dano fez ao futebol sul-americano", afirmou o novo presidente da entidade, Alejandro Domínguez.
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