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Economia

- Publicada em 16 de Outubro de 2016 às 21:34

Com guia, PMI-RS quer melhorar elaboração de projetos públicos

Segundo Regal, é preciso direcionamento que padronize os esforços

Segundo Regal, é preciso direcionamento que padronize os esforços


MARCO QUINTANA/JC
Guilherme Daroit
Uma das críticas mais comuns a obras e projetos públicos, quando há atraso ou ajustes de valor, é a de que houve falta de planejamento. Algumas iniciativas pontuais em prefeituras e estados já tentam reverter esse quadro, mas não há, até agora, um direcionamento que padronize os esforços. Voltado à difusão da importância de uma melhor gestão na elaboração de planos, o Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI-RS) tenta conseguir isso com a elaboração de um guia de práticas mínimas recomendadas para o setor público, com quatro pilares básicos.
Uma das críticas mais comuns a obras e projetos públicos, quando há atraso ou ajustes de valor, é a de que houve falta de planejamento. Algumas iniciativas pontuais em prefeituras e estados já tentam reverter esse quadro, mas não há, até agora, um direcionamento que padronize os esforços. Voltado à difusão da importância de uma melhor gestão na elaboração de planos, o Instituto de Gerenciamento de Projetos (PMI-RS) tenta conseguir isso com a elaboração de um guia de práticas mínimas recomendadas para o setor público, com quatro pilares básicos.
Segundo o presidente da seccional gaúcha da entidade, que tem presença mundial, o objetivo é trazer um novo parâmetro de gestão para os poderes públicos estadual e municipal. "A ideia é traduzir as normas e regras que o PMI vem construindo há décadas, com um conjunto de práticas que sejam palatáveis para quem é gestor público", argumenta Thiago Regal.
O dirigente do PMI-RS acrescenta que, se seguidos, os passos diminuem os erros e, portanto, os gastos. "Com uma escassez cada vez maior de recursos, temos que fazer diferente, e não mais como sempre fizemos", complementa Regal.
O primeiro dos pilares defendidos pelo instituto é a criação de um escritório de gerenciamento de projetos estratégicos. A seção seria a responsável pela implementação e acompanhamento de todos os projetos do governo, alinhando-os com os objetivos estratégicos.
O fator principal, segundo Regal, é centralizar em uma estrutura própria características comuns a todos os planos, como a captação de recursos, planos de comunicação e fornecimento de instrumentos e infraestrutura necessários. "Hoje, quando há algum esforço nesse sentido, está um pedaço em uma secretaria, outro em outra, e cada um faz de um jeito, sem conversarem", analisa o presidente.
Um segundo passo nesse sentido seria a criação de uma estrutura de governança, na qual estivessem contemplados a criação do cargo de gerente de projetos e o estabelecimento de planos de integração entre as secretarias e departamentos. Segundo Regal, o grande problema de projetos públicos hoje em dia é o fato de não haver um profissional com a função de olhar para o todo.
"Hoje, uma secretaria faz o projeto básico, outra faz a licitação, outra ainda acompanha a obra, e tudo vai sendo jogado adiante sem que ninguém veja como vai chegar no fim", justifica o presidente do PMI-RS. O gerente, argumenta Regal, atuaria quase como um "dono" do projeto, sendo o responsável por acompanhar e influir em todas as etapas.
Os outros pilares englobariam uma metodologia padrão de gerenciamento de projetos, garantindo que todos os órgãos públicos sigam os mesmos passos, e o gerenciamento de competências, que seria a garantia de contratação de profissionais qualificados para essas tarefas e a valorização dos mesmos.
Sem querer entrar em casos específicos no Rio Grande do Sul por conta do período eleitoral, Regal cita o governo estadual do Espírito Santo como um bom exemplo. Os capixabas teriam criado um escritório específico para o gerenciamento de projetos, um dos pilares sugeridos pela entidade, com status de secretaria. Nos Estados Unidos, comenta, uma metodologia pré-definida para projetos virou lei federal recentemente.
Regal ainda defende que projetos bons são aqueles que melhoram algum indicador da cidade ou estado, sugerindo, também, a criação de metas factíveis para acompanhamento dos planos públicos. "Projeto é tudo aquilo que eu faço em um período determinado de tempo para gerar algum resultado", classifica o presidente, criticando o fato de que, atualmente, o objetivo principal é a simples entrega da obra ou programa, e não os impactos sociais deles.
"A própria população precisa ter uma postura diferente, demandar coisas para a comunidade e não focadas apenas a seu grupo específico ou benefício pessoal", continua Regal. Ainda no primeiro turno, o PMI-RS entregou o guia a todos os candidatos à prefeitura de Porto Alegre.
 
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