A ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), divulgada nesta quarta-feira (12), fornece mais detalhes dos motivos pelos quais três dirigentes decidiram se opor a Janet Yellen, presidente do Fed, e defender um aumento da taxa de juros. Esther George, da unidade do Fed de Kansas City, Loretta Mester, do Fed de Cleveland, e Eric Rosengren, de Boston, queriam um aumento já na reunião de setembro.
A dirigente de Kansas City argumentou que no patamar atual de taxa de desemprego e inflação remover alguma acomodação era necessário e seria consistente para avaliar a postura adequada da política monetária. Ela estava preocupada se as recentes escolhas do comitê tiveram muita discrição e sua avaliação foi de que esperar mais tempo para ajustar a política econômica pode desviar o caminho apropriado para a normalização, e que o comitê arriscou sua credibilidade.
Já Mester, do Fed de Cleveland, considerou que a economia fez progressos consideráveis e de acordo com os objetivos do comitê. Segundo ela, a visão de contínuo progresso foi corroborada pelos recentes desenvolvimentos econômicos e redução de riscos.
Rosengren também ressaltou os significantes progressos feitos ao longo do mandato do atual comitê. Ele acredita que com o aumento da inflação e crescimento robusto do emprego era apropriada a normalização da política monetária na reunião de setembro.
A maioria dos membros do Fed discordaram, no entanto, dos três dissidentes, e o banco central manteve a taxa de juros em setembro, mas sinalizou na época que espera elevar as taxas antes do fim do ano.