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Telecomunicações

- Publicada em 13 de Outubro de 2016 às 01:25

Credores da operadora Oi se unem a bilionário egípcio

Estratégia é mostrar que proposta é melhor do que a apresentada

Estratégia é mostrar que proposta é melhor do que a apresentada


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Um grupo de credores internacionais da Oi uniu-se ao bilionário egípcio Naguib Sawiris para tentar tomar o controle do processo de reestruturação da empresa, quarta maior operadora celular do País. Com R$ 64,5 bilhões em dívidas, a empresa ingressou, em junho, com pedido de recuperação judicial.
Um grupo de credores internacionais da Oi uniu-se ao bilionário egípcio Naguib Sawiris para tentar tomar o controle do processo de reestruturação da empresa, quarta maior operadora celular do País. Com R$ 64,5 bilhões em dívidas, a empresa ingressou, em junho, com pedido de recuperação judicial.
A ideia desses investidores, que detêm cerca de R$ 14 bilhões em títulos emitidos pela Oi no exterior, é convencer o governo e os principais bancos credores de que sua estratégia para salvar a operadora é melhor do que a apresentada até então pela companhia.
Atualmente, a Oi é controlada pela Pharol, dos acionistas da Portugal Telecom, e por fundos ligados ao empresário Nelson Tanure. Pela lei brasileira, quem define a proposta de recuperação judicial que será apreciada pelos credores é a própria empresa. Por isso, o grupo tentará uma manobra. Quer articular nos bastidores adesão à sua proposta de forma a sensibilizar o juiz responsável pelo caso da Oi a colocá-la em votação na assembleia de credores.
Os investidores internacionais contam com dois pontos a seu favor. De um lado, a entrada de Sawiris, empresário com experiência no setor de telecomunicações e dinheiro para investir no País. Ele é dono da Orascom Telecom, operadora fundada em 1997 no Egito e que hoje tem operações também em outros países da África e na Ásia.
De outro lado, a resistência de integrantes do governo ao plano de recuperação já apresentado, que prevê perdão de 70% da dívida. Banco do Brasil, Bndes, Caixa e Anatel são alguns dos maiores credores da Oi, com cerca de R$ 20 bilhões a receber.

Anatel defende modernizaçãona legislação

O novo presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Juarez Quadros, afirmou que é preciso modernizar a legislação do setor para atrair mais investimentos privados. Em seu discurso de posse, defendeu a aprovação do projeto de lei que trata da revisão do Marco Legal de Telecomunicações, que tramita no Congresso Nacional.
Uma das mudanças previstas para o setor é a alteração do modelo de licenciamento das atuais concessões para autorizações. Quadros citou como exemplo o serviço de telefonia fixa, que é feito por concessão, e o de telefonia celular, que é feito por autorização. "No serviço de telefonia móvel, a liberdade é a regra. E ele está aí, é um serviço altamente popularizado, e hoje as pessoas deixam de usar o telefone fixo", afirmou. Quadros defendeu também mudanças no modelo dos leilões feitos pela Anatel, deixando de privilegiar o viés arrecadatório para ter como critério de julgamento de propostas questões como a cobertura do serviço.

Samsung corta projeções do 3º trimestre em meio a crise com Galaxy Note 7

A Samsung cortou as previsões para o balanço preliminar do terceiro trimestre devido ao recall do Galaxy Note 7, refletindo o alto impacto financeiro da crise instaurada após o aparelho apresentar problemas graves.
De acordo com um documento regulatório divulgado pela gigante sul-coreana ontem, o lucro operacional estimado para o trimestre encerrado em 30 de setembro caiu para o equivalente a US$ 4,62 bilhões, de estimativa original de US$ 6,93 bilhões.
Também foi reduzida a receita esperada para o trimestre, de US$ 43,53 bilhões para US$ 41,75 bilhões. O anúncio acontece um dia depois da companhia decidir suspender, em definitivo, a produção do Galaxy Note 7. Desde o lançamento do smartphone, no começo do segundo semestre, a Samsung recebeu relatos de superaquecimento do aparelho, que chegava a pegar fogo em alguns casos.