Foi lançado nesta sexta-feira (7) no Rio Grande do Sul o Programa Brasil Mais Produtivo, que busca atender a 3 mil empresas industriais de pequeno e médio porte em todo o País, visando a aumentar em pelo menos 20% a produtividade. No Rio Grande do Sul, a meta é alcançar 330 indústrias, sendo que 41 já estão em atendimento.
A iniciativa foi lançada oficialmente no Estado em evento realizado na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre, com a presença do ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
O programa é desenvolvido por meio de consultoria conjunta da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com modificações rápidas e de baixo custo nas empresas para alcançar ganhos expressivos de produtividade por meio de técnicas de manufatura enxuta.
O conceito envolve o alcance de ganhos com técnicas de manufatura enxuta. Com aplicação da ferramenta Lean Manufacturing (Manufatura Enxuta), o objetivo é reduzir sete tipos de desperdícios (superprodução, tempo de espera, transporte, excesso de processamento, inventário, movimento e defeitos). Na prática, ao final de três meses - entre diagnóstico, planejamento, execução e resultados - é esperado que a empresa aumente em, pelo menos, 20% sua produtividade.
Segundo o ministro Marcos Pereira, em algumas das primeiras empresas atendidas desde o lançamento nacional do programa, em abril, o aumento da produtividade alcançou até 80%, mas a média tem se mantido em 50%. No Estado, das 330 vagas reservadas para os setores moveleiro, de calçados e vestuário, alimentos e bebidas e metalmecânico, 220 já foram cadastradas. A ideia, posteriormente, é incluir novos Arranjos Produtivos Locais.
De acordo com Pereira, durante três meses a empresa recebe uma consultoria, que no caso do Rio Grande do Sul será feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS). "Os funcionários vão se reciclar e estarão adaptados a esta nova forma de produção, que busca eliminar desperdícios e aumentar a economia. Com isso, crescerá a produtividade e, consequentemente, a competitividade das empresas", observou.
Para o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, o programa tem plena sintonia com o sentimento da entidade. “Queremos crescer. Queremos que a economia brasileira se desenvolva. Mas, infelizmente, ainda temos amarras que sufocam os setores produtivos”, ressaltou.
O Brasil Mais Produtivo é uma parceria do Ministério, Senai, Apex-Brasil, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Sebrae e Bndes. Podem participar indústrias de 11 a 200 funcionários dos setores de Alimentação e Bebidas, Moveleiro, Metalmecânica e Calçados e Vestuário. O total dos recursos investidos é R$ 18 mil, sendo R$ 15 mil do Programa e R$ 3 mil a contrapartida da empresa.