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Política

- Publicada em 14 de Setembro de 2016 às 23:02

Furto de bicicletas chegou a 100% em algumas estações

Novo serviço deve contar também com bicicletas elétricas e infantis

Novo serviço deve contar também com bicicletas elétricas e infantis


FREDY VIEIRA/JC
Lívia Araújo
Um dos principais problemas referentes à operação do sistema de bicicletas compartilhadas em Porto Alegre, o BikePoa, é o vandalismo e furto relacionado às estações de retirada e às próprias bicicletas. De acordo com a superintendência de relações institucionais e governamentais do Itaú, empresa que patrocina o sistema, o problema era tão acentuado que, em alguns pontos, o índice de furto chegou a 100% das bicicletas.
Um dos principais problemas referentes à operação do sistema de bicicletas compartilhadas em Porto Alegre, o BikePoa, é o vandalismo e furto relacionado às estações de retirada e às próprias bicicletas. De acordo com a superintendência de relações institucionais e governamentais do Itaú, empresa que patrocina o sistema, o problema era tão acentuado que, em alguns pontos, o índice de furto chegou a 100% das bicicletas.
"Isso acontecia porque a quadrilha que agia identificou uma forma de tirar as bicicletas da estação e faziam isso sempre que um usuário devolvia o veículo", descreve a superintendente Luciana Nicola. Isso, somado ao roubo das baterias que alimentavam o sistema online de algumas das estações, impactou diretamente na disponibilidade do sistema à população.
Segundo Luciana, o que resolveu pontualmente o problema foi a ação da Guarda Municipal, que desbaratou a quadrilha no mês de janeiro. Além disso, o que reduziu os furtos a 10% do total de bicicletas foi um rearranjo logístico. "A gente passou a retirar as bicicletas das estações e devolvê-las de manhã. Não quisemos remover as estações (mais sujeitas ao furto) porque, se elas estão lá, é porque são utilizadas e fazem a integração dos modos de transporte", expôs a superintendente em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio, em São Paulo, na terça-feira.
Junto com a questão do furto, porém, a falta de agilidade na manutenção das estações e das bicicletas, e a pouca disponibilidade dos veículos, têm provocado reclamações dos usuários. Luciana admitiu que não houve resposta rápida por parte da empresa responsável pela gestão do sistema, a Serttel. "Nosso parceiro ampliou demais seu escopo de atuação, e a questão da qualidade acabou se perdendo. Sentamos para fazer um acordo, e o que está ocorrendo é uma remodelagem de todo o processo de operação, estruturas... há um processo interno para se adequarem a este tamanho de projeto", revelou.
Como o contrato da Serttel com a prefeitura de Porto Alegre foi renovado por mais cinco anos, após licitação no início do ano, Luciana acrescentou que "a parceria tem de ser no amor e na dor. Como vimos uma predisposição do parceiro em adequar, a gente pode aprender junto com isso", ponderou.
A superintendente revelou que o banco se reunirá hoje com o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, para tratar dos próximos passos do sistema. Apesar de a renovação do contrato não incluir a instalação de novas estações além das 40 existentes, a ideia é ampliar o número de bicicletas para aumentar a oferta de veículos em operação para 400 unidades disponíveis. Atualmente, apenas cerca de 200 bicicletas ficam à disposição, enquanto a outra metade passa por manutenção e redistribuição entre os pontos de retirada.
As negociações com a prefeitura tratam também da instalação de outros equipamentos, como um bicicletário fechado e monitorado. "Estamos conversando sobre onde poderá ser o local de implantação, nos moldes do bicicletário do Largo da Batata (em São Paulo)." Ela também disse que o banco está conversando com o Detran gaúcho para implantar pontos da legislação de trânsito referente à bicicleta na formação de novos condutores, a exemplo da parceria já existente com o Detran pernambucano.
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