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- Publicada em 28 de Setembro de 2016 às 23:11

SUS vai incorporar novo medicamento contra HIV

Cerca de 438 mil pessoas fazem tratamento contra HIV no SUS

Cerca de 438 mil pessoas fazem tratamento contra HIV no SUS


FREDY VIEIRA/JC
Igor Natusch
O Ministério da Saúde anunciou ontem a oferta de um novo medicamento para o tratamento de HIV pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de 2017, estará disponível o antirretroviral Dolutegravir - que, segundo o governo, traz menos efeitos adversos e é de adesão menos penosa, já que é administrado em um só comprimido diário.
O Ministério da Saúde anunciou ontem a oferta de um novo medicamento para o tratamento de HIV pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de 2017, estará disponível o antirretroviral Dolutegravir - que, segundo o governo, traz menos efeitos adversos e é de adesão menos penosa, já que é administrado em um só comprimido diário.
A droga será inicialmente ministrada na primeira linha de tratamento, ou seja, para pacientes que estão iniciando o tratamento retroviral. Está prevista também a oferta para aqueles que apresentam resistência a outras drogas. Estima-se que cerca de 100 mil pacientes, dos 438 mil que fazem tratamento pelo SUS, serão atingidos pela mudança em um primeiro momento.
O Dolutegravir será utilizado em associação com o Tenofovir e a Lamivudina. Hoje, essas drogas são ministradas em um único comprimido, o chamado três em um, que traz também o Efavirenz, que será substituído pelo novo medicamento nos casos mencionados.
De acordo com o Ministério da Saúde, o preço negociado pelo medicamento é o menor do mundo. O valor é de US$ 1,5, com desconto de 70% em relação ao valor original. De acordo com o ministro Ricardo Barros, não haverá necessidade de gastos extras para a mudança, que prevê a aquisição inicial de 40 milhões de unidades do medicamento. Além do Brasil, países como Portugal, Espanha, Canadá e Estados Unidos empregam o Dolutegravir em tratamentos contra o HIV.
Carlos Alberto Duarte, vice-presidente do Grupo de Apoio e Prevenção à Aids (Gapa), recebe como um avanço a decisão do governo federal. Ele explica que o Dolutegravir já era utilizado no Brasil, mas como terceira ou quarta opção, apenas depois do fracasso de combinações anteriores. Agora, passando a ser um dos medicamentos de primeira linha de tratamento, Duarte acredita que haverá melhora na qualidade de vida dos pacientes. Atualmente, poucos países no mundo usam a mesma combinação de remédios contra HIV empregada pelo SUS.
"O três em um atual já está sendo usado há mais de 10 anos. Com o tempo, os efeitos colaterais vão se tornando mais visíveis, já que é um tratamento de longo prazo. Quanto mais moderna é a medicação empregada, menos efeitos negativos são esperados", explica.
De acordo com o vice-presidente do Gapa, os mais frequentes efeitos adversos causados pela atual combinação atingem os rins e o fígado. O Efavirenz também é conhecido por, eventualmente, ter efeito psicotrópico, causando alucinações. "O custo inicial (de usar o Dolutegravir) pode ser alto, mas tende a ser uma mudança benéfica para todos", defende.
 
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