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Geral

- Publicada em 22 de Setembro de 2016 às 22:11

Ufrgs vota mudança no ingresso de estudantes pela política de cotas

Alunos ocuparam a reitoria contra as alterações propostas

Alunos ocuparam a reitoria contra as alterações propostas


CASSIANA MARTINS/JC
Isabella Sander
Uma proposta levantada em agosto no Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) tem gerado revolta entre os alunos cotistas da instituição. Trata-se do Parecer nº 239/2016, que sugere a alteração da Decisão nº 268/2012, que implementa o Programa de Ações Afirmativas da Ufrgs. A proposição teve pedidos de vistas e será votada nesta sexta-feira, às 8h30min.
Uma proposta levantada em agosto no Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) tem gerado revolta entre os alunos cotistas da instituição. Trata-se do Parecer nº 239/2016, que sugere a alteração da Decisão nº 268/2012, que implementa o Programa de Ações Afirmativas da Ufrgs. A proposição teve pedidos de vistas e será votada nesta sexta-feira, às 8h30min.
Com relatoria do professor Celso Giannetti Loureiro Chaves, do Instituto de Artes, a questão mais polêmica é relativa à forma de ingresso. Até agora, o candidato inscrito para concorrer a uma vaga reservada a egressos de escolas públicas poderia entrar por acesso universal, caso seu desempenho fosse compatível. A mudança, no entanto, prevê que o estudante concorra exclusivamente às vagas destinadas à cota.
Em 2016, por exemplo, 419 candidatos egressos de escolas públicas entraram por acesso universal, apesar de terem se inscrito como cotistas. Isso significou 419 vagas liberadas para outros ex-discentes da rede pública. Atualmente, 50% das vagas de todos os cursos são reservadas a ex-alunos de escolas públicas e, dessas, 50% são destinadas a pretos, pardos e indígenas. Isso significa que, neste ano, mais de 2 mil estudantes entraram na universidade pela Lei de Cotas.
A reserva de vagas foi criada para combater desigualdades históricas, a partir da Lei Federal nº 12.711/2012. A Ufrgs ofertou 30% de suas vagas para cotistas em 2013 e 2014. Em 2015, o percentual aumentou para 40%, chegando em 2016, por fim, aos 50% previstos na legislação.
Nesta quinta-feira, o movimento "Balanta - Nenhum cotista a menos" promoveu uma aula pública contra a proposta de alteração em frente à Faculdade de Educação (Faced). "Precisamos barrar essa cúpula racista que existe dentro da Ufrgs. A política de ações afirmativas é uma conquista do movimento negro e indígena e é nosso dever levar essa pauta adiante", escreveram os manifestantes no evento criado no Facebook. Estudantes, membros da comunidade acadêmica e de grupos dos movimentos negro e indígena ocuparam o prédio da reitoria da universidade. Eles pretendem permanecer até a manhã desta sexta-feira.
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