A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (13) a Operação Clístenes para desarticular uma organização criminosa que prometia fraudar urnas eletrônicas nas eleições municipais de 2016.
Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, sendo dois em Brasília (DF) e um em Xangri-lá, no Rio Grande do Sul. Outros três mandados são de condução coercitiva e foram cumpridos em Xangri-lá e Canoas, no Estado, e em Piripiri, no Piauí, além de cinco mandados de busca e apreensão também em Canoas e Xangri-lá, em Goiânia, Goiás, e dois em Brasília.
Os criminosos diziam ter contato com uma empresa que atualiza o software das urnas eletrônicas usadas pela Justiça Eleitoral no País e cobrariam supostamente R$ 5 milhões para fraudar a eleição para prefeito e R$ 600 mil na de vereador, segundo a PF.
Após o cumprimento dos mandados, a polícia constatou que se tratava de estelionato, pois não há indícios de que os criminosos realmente poderiam ter êxito e nem mesmo teriam contato com a empresa de atualização dos programas.
Os presos responderão por estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas variam de quatro a 13 anos de reclusão. Segundo a Secretaria de Tecnologia da Informação do TRE-RS, a urna eletrônica possui mecanismos de segurança e não é possível gerar um programa malicioso para fraudar a eleição.
O nome da Operação - Clístenes - se refere a um político grego antigo que levou adiante a obra de Sólon, considerado um dos pais da democracia.