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Geral

- Publicada em 01 de Setembro de 2016 às 22:56

Funcionários denunciam situação precária na Fasc

Funcionários criticam desvalorização e pedem isonomia salarial

Funcionários criticam desvalorização e pedem isonomia salarial


ANTONIO PAZ/JC
Igor Natusch
Servidores ligados à Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fasc) de Porto Alegre promoveram, nesta quinta-feira, um ato em frente à sede da instituição. Há mais de um ano, trabalhadores do município denunciam a precarização que atinge a fundação, agravada pela falta de profissionais qualificados para realizar o Cadastro Único, necessário para que famílias de baixa renda possam usufruir de benefícios como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
Servidores ligados à Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (Fasc) de Porto Alegre promoveram, nesta quinta-feira, um ato em frente à sede da instituição. Há mais de um ano, trabalhadores do município denunciam a precarização que atinge a fundação, agravada pela falta de profissionais qualificados para realizar o Cadastro Único, necessário para que famílias de baixa renda possam usufruir de benefícios como Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.
Em Porto Alegre, o registro era feito nos 22 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da Fasc. Desde a metade de agosto, os funcionários resolveram suspender esse serviço, alegando falta de pessoal para atender à demanda. Durante algum tempo, o atendimento foi feito por estagiários, e um edital foi lançado para o preenchimento definitivo dos postos de trabalho.
No entanto, o edital foi anulado pela Procuradoria-Geral do Município, e um novo chamamento ainda não foi encaminhado. Ao mesmo tempo, a quantidade de estagiários diminuiu. Nos últimos dias, o atendimento às famílias está ocorrendo de forma emergencial na sede da Fasc, apenas na parte da manhã, com longas filas e atraso de até dois meses no encaminhamento da solicitação.
"A forma mais rápida de resolver essa situação é chamar trabalhadores. Já foi feito concurso, é questão de fazerem o chamamento", garante Leila Thomassim, diretora administrativa do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa). Segundo ela, há uma lógica de priorizar terceirizações, que já seriam mais de 50% do efetivo da Fasc - e que acabam revertendo em dificuldade para os próprios terceirizados, na medida em que estão ocorrendo atrasos no pagamento. "Queremos que a população veja como os trabalhadores da Fasc estão precarizados, que há descaso com quem presta assistência social nessa cidade", acentua.
O Cadastro Único tem validade de dois anos, e a não renovação implica cancelamento de benefícios. O presidente da Fasc, Marcelo Soares, garante que um grande esforço está sendo feito para solucionar a situação. A previsão é de que, até a metade do mês, seja encaminhada a chegada de novos estagiários e a conclusão dos trâmites para a contratação de 35 entrevistadores sociais, todos dedicados exclusivamente ao Cadastro Único. Até o fim do ano, a previsão é de que 102 novos servidores concursados, entre educadores e técnico-administrativos, sejam incorporados à Fasc.
De acordo com Soares, a situação difícil acabou se agravando com a greve dos municipários, em junho. "Respeito a palavra dos profissionais, que dizem que podem suportar a carga de trabalho. Mas o quadro se agravou com a greve, que é legítima, mas gerou uma demanda reprimida", afirma. Segundo ele, as dificuldades no edital são de fundo legal e fogem do alcance da administração da Fasc. Cerca de 600 pessoas são atendidas diariamente nos Cras, boa parte buscando registrar ou renovar o cadastro.
Outras demandas trazidas pelos trabalhadores referem-se à busca de isonomia salarial com servidores de outros órgãos da prefeitura e a regularização dos salários de terceirizados. Há também a exigência de condições dignas de trabalho, o que passa pelo pagamento das contas de água, luz, telefone e internet. O presidente da Fasc rejeita essas denúncias. "Os salários estão em dia. Admitimos que algumas estruturas necessárias precisam melhorar, mas peço que entendam que não é correto usar inverdades para fazer pressão", frisa Soares.
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