Responsáveis por conduzir o petróleo do fundo do mar até a plataforma, os dutos flexíveis são estruturas de extrema importância dentro do processo de extração do combustível fóssil. Por isso, precisam sempre estar em boas condições para desempenhar sua função e, assim, evitar vazamentos e outros tipos de problemas de menor proporção. Atenta a essa situação, a Símeros Eletromecânicos Ltda., de Porto Alegre, desenvolveu um sistema de monitoramento de dutos para a aplicação em offshore. A solução promete fiscalizar a integralidade dos equipamentos constante ou periodicamente.
Essas peças de condução do petróleo, no caso brasileiro, estão colocadas em águas de até 2 mil metros de profundidade. A partir da instalação de um conjunto de sensores, o sistema poderá fornecer um diagnóstico sobre o estado dos dutos, contemplando tanto a situação de momento quanto eventuais problemas que poderão surgir no futuro. "Esses dutos flexíveis estão submetidos a condições bem adversas. O que buscamos, portanto, é aplicar técnicas para que se possa ver o estado da integridade deles", sinaliza o diretor da Símeros, Fabiano Bertoni.
A ideia do produto é atuar preventivamente e facilitar a detecção de ocorrências frequentes. "O software conseguirá detectar qualquer perturbação do duto. Não quer dizer que seja uma falha catastrófica. Muitas vezes, camadas internas vão se rompendo aos poucos, e o sistema conseguirá identificar essas pequenas rupturas", descreve Bertoni. Por cada duto passa, em média, o equivalente entre 20 mil e 30 mil barris de petróleo por dia.
A empresa fabricou protótipo e busca viabilizar sua comercialização. A solução ainda não foi testada, mas a intenção é levá-la para uma estrutura offshore em até um ano.