Com o avanço da telemedicina, o monitoramento da saúde de um paciente já pode ser feito a distância com a mesma eficácia do atendimento presencial. Para isso, uma série de soluções voltadas a esse segmento começam a ser introduzidas no mercado. Uma delas é o LifeRemote, uma plataforma completa de atendimento domiciliar criada pela Toth Desenvolvimento Tecnológico Ltda. O produto da empresa consiste em uma ferramenta composta por um hardware, uma pequena caixa similar às de televisão a cabo, instalada na casa da pessoa, conectada a um servidor e base de dados na nuvem, além de um software de gestão e visualização. A ideia é disponibilizar o produto a partir do próximo ano.
O foco da ferramenta da empresa está em pacientes recém-saídos do hospital que necessitam de acompanhamento e também pessoas idosas, que requerem mais cuidados especiais. "É uma plataforma de home care. A caixinha funciona como um concentrador de vários equipamentos que medem parâmetros fisiológicos do paciente", resume Alano Flech, diretor administrativo da Toth. O equipamento assimila as informações obtidas através de diferentes dispositivos, como os equipamentos de medição de glicose, por exemplo. Os dados são armazenados na nuvem pelo concentrador e, assim, o médico tem acesso a eles em qualquer lugar. Além disso, é possível acompanhar outros parâmetros fisiológicos, como temperatura, peso e frequência cardíaca.
Os dados interpretados pelo aparelho são similares aos que informam os monitores multiparâmetros colocados nos leitos dos hospitais. "Em uma residência é caro para operar um equipamento desses", ressalta Flech. Hoje em dia, o custo dos serviços de monitoramento domiciliar é um dos principais entraves para os planos de saúde. O dirigente da Toth sinaliza que 90% dos gastos dessas companhias são com os 10% a 20% de usuários críticos que eles têm. Nesse sentido, o preço do LifeRemote deve ser mais competitivo e, por isso, os principais compradores da solução, conforme Flech, devem ser as operadoras do setor.