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Economia

- Publicada em 02 de Outubro de 2016 às 22:52

Amy Aussieker: cidades inteligentes devem focar eficiência

 Amy falará sobre o projeto desenvolvido em Charlotte, nos EUA

Amy falará sobre o projeto desenvolvido em Charlotte, nos EUA


WCIT/DIVULGAÇÃO/JC
Patricia Knebel
Realizado pela primeira vez na América Latina, começa hoje em Brasília o WCIT 2016, Congresso Mundial de Tecnologia da Informação (TI). Na sua 20ª edição, o evento vai reunir 2,5 mil participantes de cerca de 80 países e mais 60 palestrantes para debater estratégias de desenvolvimento da tecnologia como ferramenta de construção de uma sociedade interativa, capaz de promover avanços na educação, saúde, transporte e outros bens e serviços. Uma das atrações será Amy Aussieker, diretora executiva da Envision Charlotte, entidade de Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), que cria modelos sustentáveis de cidades inteligentes. Ela é responsável pelo desenvolvimento de planos estratégicos para captação de apoio comunitário, fornecedores e relações com parceiros. O evento, que acontece até a próxima quarta-feira, é organizado pela World Information Technology and Service Alliance (WITSA) e pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro).
Realizado pela primeira vez na América Latina, começa hoje em Brasília o WCIT 2016, Congresso Mundial de Tecnologia da Informação (TI). Na sua 20ª edição, o evento vai reunir 2,5 mil participantes de cerca de 80 países e mais 60 palestrantes para debater estratégias de desenvolvimento da tecnologia como ferramenta de construção de uma sociedade interativa, capaz de promover avanços na educação, saúde, transporte e outros bens e serviços. Uma das atrações será Amy Aussieker, diretora executiva da Envision Charlotte, entidade de Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), que cria modelos sustentáveis de cidades inteligentes. Ela é responsável pelo desenvolvimento de planos estratégicos para captação de apoio comunitário, fornecedores e relações com parceiros. O evento, que acontece até a próxima quarta-feira, é organizado pela World Information Technology and Service Alliance (WITSA) e pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação (Assespro).
Jornal do Comércio - Qual é o modelo ideal de cidade inteligente?
Amy Aussieker - Há muitas definições, mas acreditamos que uma cidade inteligente é aquela que emprega dados e tecnologia em uma abordagem ampla e integrada para melhorar a eficiência das operações, a qualidade de vida para os seus cidadãos e crescimento da economia local.
JC - Quais são os principais exemplos de sucesso de projetos de cidades inteligentes?
Amy - Em Charlotte, lançamos um projeto de cidade inteligente para reduzir o consumo de energia em nossos maiores edifícios comerciais da parte alta da cidade, de forma a reduzir os custos dos nossos negócios. Tivemos 61 edifícios envolvidos que se engajaram na mudança de comportamento, como passar a desligar as luzes, utilizar dados para alterar as funções de edifícios (mudando set points) e atualizando de equipamentos para consumirem menos energia. Foi uma iniciativa público-privada com o plus da parceria com as universidades e áreas de Utilities. Esse esforço resultou em uma economia superior a 18%, chegando a US$% 17 milhões. Isto também trouxe vários benefícios, como a redução de custos para as empresas e a emissão de CO2 - o equivalente de tirar 10 mil carros de circulação. Em Eindhoven, na Holanda, estão implantando polos inteligentes nas ruas com uma tecnologia que inclui sensores de som e luzes. Os sensores de som podem detectar quando as vozes das pessoas começam a ficar agressivas e, então, acionam as luzes nos postes para mudar para uma cor que se mostra mais eficaz para reduzir o nível de agressividade.
JC - O que uma cidade inteligente deve ser capaz de oferecer aos seus cidadãos?
Amy - A questão é usar a tecnologia para melhorar a eficiência das cidades e torná-las mais sustentáveis. Por exemplo, o Corpo de Bombeiros de Charlotte foi classificado como um dos melhores departamentos dos Estados Unidos por causa da utilização de dados e tecnologia integrada. Quando uma chamada 911 chega, em vez de ser encaminhada ao quartel de bombeiros mais próximo, é encaminhada para o veículo de incêndio mais próximo, reduzindo o tempo de resposta. Para fazer isso, foi preciso implantar uma tecnologia no veículo para saber onde estão os carros e se eles estão em uso para serem capazes de atender essas rotas. Além de salvar os nossos cidadãos, isso nos dá uma excelente classificação para o seguro e, por sua vez, ajuda as pessoas a economizarem dinheiro.
JC - Quais são os maiores obstáculos para o desenvolvimento de um modelo de cidade inteligente sustentável?
Amy - Existem muitos obstáculos à implementação de soluções de cidades inteligentes, em grande parte, porque são projetos complexos que normalmente envolvem muitos fornecedores e vários departamentos. Nos EUA, um dos maiores obstáculos é o chamado processo de aquisição, que foi projetado para um único departamento comprar um produto/serviço - uma vez que estes projetos envolvem diversos departamentos e muitos produtos, isso se mostra muito desafiador.
JC - Como é a dinâmica do trabalho da Envision Charlotte e de que forma vocês podem apoiar outras cidades a criar projetos sustentáveis?
Amy - A Envision Charlotte é uma instituição sem fins lucrativos focada em projetos de cidades inteligentes, lidera ações dentro do modelo de parcerias público-privadas, mais as universidades e áreas da Utilites para o desenvolvimento de projetos em torno de temas como água, energia, resíduos e transporte. O sucesso das iniciativas levou à criação de um programa nacional chamado Envision América, que ajuda outras cidades a implementar projetos de cidades inteligentes. Foram selecionados 10 cidades em 2016 e serão mais 10 em 2017.
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