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Economia

- Publicada em 26 de Setembro de 2016 às 18:38

Bolsas caem nos EUA com bancos e com investidor à espera de debate presidencial

Estadão Conteúdo
As bolsas de Nova Iorque fecharam com queda acentuada nesta segunda-feira (26), pressionadas por ações de bancos, movimento que iniciou com o Deutsche Bank, na Europa, e se espalhou pelos EUA. Além disso, os mercados ficaram cautelosos antes do debate mais esperado entre os candidatos à presidência dos EUA, Hillary Clinton e Donald Trump, e da reunião entre alguns dos principais produtores de petróleo do mundo, na Argélia.
As bolsas de Nova Iorque fecharam com queda acentuada nesta segunda-feira (26), pressionadas por ações de bancos, movimento que iniciou com o Deutsche Bank, na Europa, e se espalhou pelos EUA. Além disso, os mercados ficaram cautelosos antes do debate mais esperado entre os candidatos à presidência dos EUA, Hillary Clinton e Donald Trump, e da reunião entre alguns dos principais produtores de petróleo do mundo, na Argélia.
O índice Dow Jones fechou em baixa de 0,91%, aos 18.094,83 pontos, o Nasdaq caiu 0,91%, aos 5.257,47 pontos, e o S&P 500 recuou 0,86%, aos 2.146,10 pontos.
Analistas apontam que as notícias envolvendo o Deutsche Bank e a forte queda de suas ações (-7,49%) - que levaram o preço ao menor nível em 20 anos - lançaram uma cortina de fumaças sobre o setor bancário, tanto na Europa quanto nos EUA.
Recentemente, o Departamento de Justiça norte-americano propôs que o Deutsche pague multa de US$ 14 bilhões para encerrar investigações sobre supostas irregularidades na venda de títulos hipotecários antes da crise financeira mundial de 2008. A punição iminente gerou temores de que Deutsche estivesse preparando um aumento de capital. Este cenário foi motivo para grandes perdas na semana passada, mas hoje o pessimismo se acentuou depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que o Estado não concederia nenhum ajuda até, pelo menos, a eleição que está prevista para ocorrer daqui a um ano, em setembro de 2017. A revista alemã Focus também disse que Merkel recusou-se a intervir na disputa do Deutsche com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
O grande temor é que outros bancos, tanto na Europa quanto nos EUA, que estão envolvidos na investigação ou não, sejam contagiados pelas perdas bilionárias. Os papéis do Bank of America e do JPMorgan terminaram com baixa de 2,77% e 2,19%, respectivamente.
"É difícil ver um rali no mercado quando você ouve que o Deutsche Bank pode estar com problemas de capital e os preços das ações em nível recorde de baixa", disse R.J. Grant, diretor de negociação de ações da KBW Inc.
O único setor em alta foi o imobiliário, que se beneficiou da notícia de que a queda nas vendas de moradias novas nos EUA não foi tão acentuada quanto o esperado por analistas do mercado em agosto ante julho.
Investidores operaram com cautela também antes do debate presidencial nos EUA. Vários deles apontam que buscam sinais da corrida apertada entre os candidatos e indicações de como isso pode afetar os mercados financeiros. O debate acontece hoje às 22h de Brasília (21h no horário local).
O mercado também operou de olho na reunião informal da Opep e de outros produtores, à margem de uma conferência nesta semana na Argélia. Os investidores especulam se algum acordo poderia ser fechado para estabilizar os preços da commodity, ainda que o ceticismo prevaleça. A maior expectativa é por um congelamento da produção. Mesmo sem um acordo para limitar a produção, alguns investidores apontam que uma recente estabilização dos preços do petróleo poderia ajudar a melhorar os lucros das empresas.
Hoje, os preços do petróleo arrancaram ganhos e fecharam com alta superior a 3%. Ainda assim, o movimento não foi o suficiente para melhorar a performance de Wall Street.
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