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Economia

- Publicada em 25 de Setembro de 2016 às 18:09

Desemprego entre jovens na RMPA cresce menos, mas é o triplo dos adultos

Estudo mostra queda de jovens no mercado em 11 anos, chegando a 16,9% da PEA na RMPA

Estudo mostra queda de jovens no mercado em 11 anos, chegando a 16,9% da PEA na RMPA


CLAITON DORNELLES/JC
Patrícia Comunello
A recessão econômica e a escalada das taxas de desemprego desde 2015 no País geraram menos danos aos jovens no mercado de trabalho do que aos adultos. A taxa aumentou 36,8% em 2015 frente a 2014, segundo o primeiro informe especial da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na Região Metropolitana de Porto Alegre para a faixa de 16 a 24 anos. O índice subiu de 14,4% a 19,7%. Entre os adultos de 25 a 59 anos, o indicador aumentou 53,5% no intervalo dos dois anos.
A recessão econômica e a escalada das taxas de desemprego desde 2015 no País geraram menos danos aos jovens no mercado de trabalho do que aos adultos. A taxa aumentou 36,8% em 2015 frente a 2014, segundo o primeiro informe especial da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) na Região Metropolitana de Porto Alegre para a faixa de 16 a 24 anos. O índice subiu de 14,4% a 19,7%. Entre os adultos de 25 a 59 anos, o indicador aumentou 53,5% no intervalo dos dois anos.
Os jovens só tiveram impacto menor na variação, pois o índice é bem maior. A taxa de desemprego adulta saiu de 4,3%, em 2014, para 6,6% no ano passado. Já a taxa média do mercado subiu de 5,9% para 8,7%. Foi a maior elevação para médias anuais da população jovem que está no mercado desde 2000.
O informe, elaborado por Dieese, Fundação de Economia e Estatística (FEE) e FGTAS, apontou ainda que a maior redução na proporção de jovens na População Economicamente Ativa (PEA) ocorreu frente a 2004, que era de 24,5% e passou a 16,9% em 2015. Foram 114 mil pessoas a menos na PEA nessa faixa etária no ano passado, enquanto aumentou 202 mil entre os adultos. A taxa de participação dos jovens passou de 70,5%, em 2000, para 61,6% em 2015. Para os especialistas, essa alteração reflete o adiamento do ingresso nas atividades laborais para estudar mais. 
O secretário do Trabalho do Estado, Catarina Paladini, mostra preocupação com o impacto da crise econômica, que se agravou desde 2015, para o segmento. O efeito, segundo Paladini, foi claro. O secretário destacou que a situação se repete pelo País, não sendo um comportamento apenas regional. Os jovens de 16 a 24 anos representam 23,8% da PEA.
Outro detalhe que Paladini ressalta é que o desemprego nessa faixa não é igual em todas as classes de renda. "Temos taxa de 18% nas classes A e B, 52% nas classes C e 30% de desocupação para as rendas de D e E", informou o secretário. Segundo ele, muitos jovens também deixam de estudar para trabalhar, sem contar o fenômeno dos "nem nem", população de 18 a 24 anos que não trabalha e nem estuda.
As informações que foram apresentadas passam a ser discutidas com o Conselho Estadual da Juventude e com os setores públicos das prefeituras da Região Metropolitana para buscar ações conjuntas que façam os jovens buscar formação, ter alternativas de lazer e que consigam se estruturar para encarar o mercado de trabalho.
Paladini observa que nos próximos 20 anos o Estado experimentará um aumento da proporção de idosos (com mais de 60 anos), chegando a mais de um quarto da população. "As dificuldades de permanência dos jovens no mercado precisarão ser melhor resolvidas", antecipa o gestor.
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